A história da educadora e artista, de Juazeiro do Norte, Assunção Gonçalves, será contada em um curta-metragem intitulado ‘A arte de ser amada’. A obra, dirigida por Hévila Ribeiro e Zizome Gouveia, será lançada em 20 de fevereiro, na Cantina Zé Ferreira, localizada na R. Padre Cícero, n° 158. Com depoimentos de familiares, memorialistas e amigos, o curta levará os espectadores a conhecerem uma das mulheres que, através de sua arte, ajudou a preservar a história do município.

É na casa com janelas adornadas que insiste em se destacar na nova paisagem urbana do centro da cidade,  que parte do documentário foi gravado. Não à toa. É lá que Assunção compartilhava seus registros pictóricos e fotográficos com quem visitava, influenciando pessoas de todas as idades a verem na arte e educação a possibilidade de construir algo novo. “Assunção sempre referia fatos de remissão à respeito do Joaseiro antigo, então havia sempre alguma coisa ligando aos primeiros moradores, como era o primeiro arruamento, a primeira capelinha… No coração dela, havia alguma coisa, que a gente só foi perceber muito tempo depois… Uma coisa extraordinária daquilo que nos remetia sempre à um grande amor pelo Juazeiro”, diz o memorialista Renato Cassimiro

Fachada da casa de número 233. Foto: Divulgação.

Entre as obras de Assunção se destacam as pinturas  “Juazeiro primitivo — 1827”, “Padre Cícero”, “O pacto dos coronéis” e a “A ceia larga”. Ao longo de sua vida, a mestre de cultura também contribuiu com a Escola Normal Rural de Juazeiro do Norte, que foi pioneira do ensino ruralista no país. 

A Arte de Ser Amada será disponibilizado gratuitamente na internet após o lançamento.  Segundo Hévila Ribeiro o audiovisual é essencial para a construção do conhecimento: “Eu e Zizome nos unimos a uma equipe altamente multidisciplinar a fim de produzir um material inédito que desse conta de tudo que é Assunção Gonçalves”. 

O horário de lançamento do curta-metragem será divulgado posteriormente pela organização do projeto Memórias de Juazeiro.