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Denúncia de assédio moral na EEEP Moreira de Sousa chega à Câmara de Juazeiro
Após o pronunciamento, os parlamentares solicitaram à Secretaria da Educação do Estado (Seduc) celeridade na apuração das denúncias. Também foi sugerida a criação de uma comissão mista para acompanhar o caso junto à Crede-19.
Bruna Santos
Fachada da EEEP Professor Moreira de Sousa. Foto: Governo do Estado.

A denúncia de assédio moral feita pela professora Maria Elly Krishna, da Escola Estadual de Educação Profissional (EEEP) Professor Moreira de Sousa, em Juazeiro do Norte, foi levada à tribuna da Câmara Municipal da cidade, na última terça-feira (8). No momento, a professora relatou aos parlamentares os casos de abuso de poder, intimidação e adoecimento mental atribuídos à direção da instituição de ensino.

Após o pronunciamento, os vereadores solicitaram à Secretaria da Educação do Estado (Seduc) celeridade na apuração das denúncias. Também foi sugerida a criação de uma comissão mista para acompanhar o caso junto à Crede-19. “Nossa reivindicação é que a diretora seja removida da escola e seja afastada definitivamente de qualquer função de gestão na educação. Tendo em conta que o Moreira de Sousa já é a terceira escola em que a conduta abusiva se repete”, afirmou  Krishna.

Durante a sessão, o vereador Boaz David (PL) ressaltou que a tribuna da Câmara está aberta para que a direção da escola também possa se manifestar. 

O Portal Miséria entrou em contato com o Sindicato dos Servidores Públicos lotados nas Secretarias de Educação e de Cultura do Estado do Ceará e nas Secretarias ou Departamentos de Educação e/ou Cultura dos Municípios do Ceará (APEOC) para saber quais medidas estão sendo tomadas em relação à denúncia. 

De acordo com a APEOC, há uma comissão contra assédio moral na Seduc que julga esses casos e abre um processo administrativo. “No caso da escola de Juazeiro do Norte, já está marcada uma audiência para amanhã (10). Há também, uma audiência de instrução no Ministério Público do Trabalho. O Sindicato se colocou à disposição para acompanhar e dar todo apoio à professora . Esperamos que a Seduc dê a resposta e resolva essa situação”, declarou Aurélio Matias, diretor de formação sindical.

Foto: Guto Vital/ Portal Miséria

Entenda a situação

Em fevereiro de 2025, o Portal Miséria havia sido procurado por um grupo de professores da EEEP Professor Moreira de Sousa, denunciando situações semelhantes. Os relatos, à época feitos sob anonimato, também citavam assédio moral, exclusão de informações, favorecimento de determinados profissionais e divulgação seletiva de cursos.

Segundo os educadores, denúncias foram formalizadas junto ao Ministério Público, solicitando o afastamento da direção. De acordo com fontes ouvidas pela reportagem, que também solicitaram anonimato, a Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação (Crede-19) chegou a convocar alguns professores para reuniões, e parte deles confirmou o teor das denúncias.

Em nota, enviada no dia 17 de fevereiro pela Seduc, a pasta respondeu que acompanha a situação. “Foram adotadas medidas necessárias para que os fatos sejam apurados dentro da legalidade, com a garantia do direito à ampla defesa e ao contraditório. Também fica assegurada a proteção ao sigilo individual das partes envolvidas. Dessa forma, ainda não é possível detalhar resultados sobre o que está em apuração”, disse.

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