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Do beiju ao resgate da tradição: Casa de Farinha José Gomes realiza farinhada entre 31 de julho a 2 de agosto
Com mais de 70 anos de história, a Casa de Farinha se mantém toda manual, utilizando apenas o motor para cevar a mandioca.
Bruna Santos
Foto: Reprodução / @ casa_de_farinha_jose_gomes.

Entre os dias 31 de julho a 02 de agosto a Casa de Farinha José Gomes, do Sítio Baixio do Muquém, no Crato, realiza mais um ato de manutenção das tradições: a farinhada. Com raspação e cevagem da mandioca, feira das agricultoras, roda de conversa, bingo, forró e venda dos produtos derivados da mandioca, o momento pretende resgatar os saberes, os modos de trabalho e as histórias que marcaram o tempo em que as casas de farinha eram uma das principais fonte de sustento das famílias da região.

Com mais de 70 anos de história, a Casa de Farinha se mantém toda manual, utilizando apenas o motor para cevar a mandioca. “Então a gente tenta resgatar, aí reúne as pessoas, onde vem toda, todas as comunidades, vem gente de Juazeiro, de Crato, de Barbalha. Aí é muito, muito gratificante para a gente e é muito importante, às vezes as pessoas estão ali, vão contar as histórias”, conta Dona Peteca, uma das organizadoras.

Um dos pontos chaves da programação são as rodas de conversa, onde o passado se entrelaça ao presente. Pessoas que dizem que ‘ah era aqui onde eu consegui ganhar meu primeiro dinheiro’, que aí eu ia na rua comprava um pedaço de pano, mãe fazia um vestido, uma roupa, porque era muito difícil né, antigamente comprar uma sandália. Então vai nos enchendo de alegria”, celebra.

Foto: Reprodução / @mulheres.farinhada

Além do resgate das práticas tradicionais, o evento busca fortalecer a importância do cultivo da mandioca na região e no semiárido nordestino. A farinhada reúne moradores de diferentes cidades do Cariri, além de agricultoras, artesãs e representantes da cultura popular.

A programação inclui, desde a raspagem e lavagem da raiz até a prensa. “Aí juntam as mulheres e faz a farinhada que é a goma, a massa puba e a farinha, aí tem um manejo que é a raspagem, depois a gente vai lavar, depois de raspar vem a ceva depois de cevar, aí a gente lava, depois imprensa e vai fazer a farinhada, a farinha e aí é daí desse processo que sai a goma, a farinha, o beiju”, explica Dona Peteca.

Confira a programação completa

Quinta-feira | 31 de julho

  • A partir de 12h: Início da ralação da mandioca e rodas de conversa
  • Início da noite: Renovação do Sagrado Coração de Jesus e café compartilhado 

Sexta-feira | 1º de agosto

  • 7h: Cevagem e lavagem da mandioca
  • Durante a manhã: Venda de comidas típicas e continuidade das rodas de conversa
  • Início da noite: Música ambiente e venda de comidas típicas 

Sábado | 2 de agosto

  • 7h: Produção e venda de beiju, goma fresca, massa e puba
  • Durante o dia: Venda de comidas típicas e atendimento na tenda de cuidados médicos
  • Início da noite: Feira das agricultoras e artesãs dos Baixios, com venda de beiju e comidas típicas
  • A partir da noite: Música ao vivo e bingo
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