Compartilhar
Publicidade
Publicidade
Entenda como funciona e os custos da energia solar
De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), essa fonte de energia rendeu R$ 52,7 bilhões em novos investimentos, além de ter evitado a emissão de 10,7 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade
Yanne Vieira
Banco do Nordeste contrata R$ 50 milhões em projetos de energia solar para pessoa física
Foto: Reprodução

As fontes de energia renováveis vêm sendo debatidas de forma calorosa nos últimos anos. Com o avanço das mudanças climáticas, a procura por energia limpa, sem emissões de dióxido de carbono, fez crescer a implementação da energia solar em todo o planeta. A fonte, que pode ser transformada em energia térmica ou elétrica, tem seus principais usos voltados para geração de energia elétrica e o aquecimento solar da água.

A Agência Internacional para Energia Renováveis (Irena) divulgou em agosto deste ano o ranking dos países que mais possuem capacidade instalada de energia solar, o Brasil aparece na 14ª posição com a potência de 10 gigawatts (GW) da fonte solar fotovoltaica. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), essa fonte de energia rendeu R$ 52,7 bilhões em novos investimentos, além de ter evitado a emissão de 10,7 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.

De acordo com dados do Sindicato das Indústrias de Energia e de Serviços do Setor Elétrico do Estado no Ceará (Sindienergia/CE), houve um crescimento de 60% no número de instalações de painéis solares. Sendo, ao todo, 21.395 unidades receptoras e 16.759 unidades geradoras. Em outubro deste ano, o Governo do Ceará anunciou a construção do complexo fotovoltaico com cinco parques de geração de energia solar somente na região do Cariri, que deve ser construído a partir de 2022.

Além dos investimentos públicos, empresas privadas começaram a se instalar na região do Cariri. Edney Ittalo, da empresa EDS Soluções, contou à nossa equipe de reportagem que o processo de instalação se inicia com uma conversa com o consumidor, “a gente calcula o consumo em kilowatts (KW) e elabora o projeto de acordo com as necessidades do cliente”, afirma.

De acordo com o empresário, o processo entre a elaboração do projeto e a instalação do equipamento dura em média 90 dias e quando financiado por alguma concessionária, o prazo aumenta para 120 dias. Edney, afirma ainda, que a procura por esse tipo de energia vem crescendo não só pelo impacto positivo no meio ambiente, mas pela economia.

Cícero Alves Correia, é adepto da tecnologia desde 2018, e nos contou em entrevista que o custo da sua energia naquela época chegava em média a R$1.200,00. Com ajuda de um eletricista, Cícero implementou 24 placas fotovoltaicas na sua chácara, na época, a Companhia de Energia Elétrica do Ceará (Coelce), hoje Enel, não estava preparada para receber a novidade. Hoje, Cícero tem um consumo diário entre 12KW e 15KW e produz de 18KW a 24KW, apesar de a maioria dos equipamentos de sua residência serem elétricos, o consumidor diz que gasta entre 250 e 300 reais, “a alternativa é a solução de hoje, não mais do futuro”, conclui.

Nos últimos anos, os bancos brasileiros implementaram uma linha de crédito de financiamento especial para instalação das placas fotovoltaicas, “o financiamento chega a ser de parcelas com o mesmo valor da conta de luz normal, ou até menor”, afirma Edney Ittalo.

Em outubro deste ano, a câmara de deputados aprovou o projeto de lei que isenta o pagamento de taxas até 2045 para quem já produz a própria energia, mas prevê, ainda, a transição de seis anos para cobrança de encargos e redução de subsídios.

Compartilhar
Comentar
+ Lidas
Publicidade