Na semana passada, um vídeo gravado no interior do Mercado do Pirajá foi amplamente compartilhado por juazeirenses nas redes sociais e através dos grupos de WhatsApp. Nas imagens era possível observar uma alta concentração de pessoas e o descumprimento de recomendações da Secretaria de Saúde (Sesau) de Juazeiro do Norte. Além do vídeo, uma mensagem apontava que o Mercado do Pirajá seria o “epicentro” do novo coronavírus na cidade.

Mas seria possível o Mercado do Pirajá ser o “epicentro” do vírus?

Não, exceto que os órgãos responsáveis coletem dados suficientes que comprovem essa possibilidade. Pois o epicentro de uma pandemia, ou de uma epidemia a nível municipal (como acontece em Juazeiro do Norte), é o local em que está aglomerado a maior parte dos casos de uma doença.

De acordo com o 5º Boletim Epidemiológico publicado pela Prefeitura de Juazeiro do Norte em maio, o bairro Pirajá não registrava nem um caso confirmado. De lá para cá, esse quadro deve ter mudado. No entanto, pouca seria a influência do número de casos no bairro, como um território extenso, no Mercado, um local físico de transição.

Segundo a Sesau, “o que existe em Juazeiro é transmissão local. Então onde houver mais fluxo de pessoas então provavelmente haverá um maior fluxo de transmissão. Não tem como informar que um local específico é um epicentro”.

E o que fazer com o Mercado do Pirajá?

Em conversa com o Site Miséria, o diretor de Fiscalização da Secretaria de Meio Ambiente (Semasp) explicou que encerrar as atividades do Mercado do Pirajá nesse momento não seria uma decisão adequada e sequer foi cogitada pela Gestão. Isso porque o equipamento é fonte de renda para uma série de famílias e é responsável por parte do abastecimento de Juazeiro do Norte.

“A gente tem que encontrar medidas pra que haja o controle”, declarou Paulo Henrique Menezes Lobo. Leia sobre as medidas adotadas até o momento nesta matéria do repórter João Boaventura Neto: Controle do fluxo de pessoas e veículos no Mercado do Pirajá começa nesta sexta, 12.