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Estudantes denunciam professores por assédio sexual em escola de Juazeiro do Norte
Os relatos começaram a surgir nas últimas semanas
Yanne Vieira
Foto: Guilherme Ramos

Nesta quarta-feira (23), estudantes e professores da EEMTI Presidente Geisel (Polivalente), realizaram uma manifestação nas ruas de Juazeiro do Norte, para denunciar casos de assédio sexual por parte de professores da instituição. Com ajuda do grêmio estudantil e do Levante Popular da Juventude, o ato teve início no pátio da escola e seguiu até a sede da Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação (Crede 19).

Em entrevista a reportagem do Site Miséria, Alex Oliveira, aluno do 3º ano na instituição, relatou que no último dia 17 uma das estudantes do 1°D sofreu “bullying, assédio verbal e físico” por parte de um dos professores.

“Fomos atrás de denunciar na coordenação, com isso marcamos uma reunião com a diretora e a crede 19, após essa reunião, eu e mais 2 pessoas responsáveis pelo manifesto, passamos nas salas falando sobre, o que fez com que muitas alunas e alunos, viessem denunciar o mesmo professor e mais 2”, relata Alex.

Alex relata ainda que, com o grande número de denúncias, a escola começou a se reunir com as vítimas, professores e pais de estudantes e passou a apoiar o movimento. Ainda de acordo com o estudante, na terça-feira (22), a Crede 19 entrou com um processo contra 2 dos 3 professores acusados.

Um dos três professores denunciados já foi afastado. Segundo o relato de Alex Oliveira, ainda na quarta-feira (23), quando um dos docentes tentou lecionar, os alunos deixaram a sala de aula, em forma de protesto.

Para Alex, viver esse momento é complicado, “um caso que gera muito desconforto e muita raiva, mas estar aqui, estar se posicionando, lutando por isso e vendo que tá tendo resultado, que estamos dando vozes aqueles que foram silenciados, é muito gratificante”, conta.

O estudante ressalta que o movimento não deve parar e que ele e outros estudantes irão continuar lutando por justiça, “é cansativo, e estressante, mas no fim de tudo, muito gratificante, principalmente por estar fazendo a diferença e lutando pelos nossos direitos”, ressalta.

A reportagem do Site Miséria entrou em contato com a assessoria da Secretaria de Educação do Ceará (Seduc), mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.

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