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Fundadoras do Grunec, Verônica e Valéria Carvalho receberão título de doutoras honoris causa da URCA
A honraria é concedida a personalidades que tenham contribuído de forma notável em suas áreas de atuação, seja na cultura, na educação ou em ações voltadas à humanidade.
Bruna Santos
As irmãs Verônica e Valeria Carvalho. Foto: Reprodução / Defensoria Pública do Ceará.

As fundadoras do Grupo de Valorização Negra do Cariri (Grunec), Verônica e Valéria Carvalho, receberão o título de doutoras honoris causa da Universidade Regional do Cariri (URCA). A homenagem, que ainda não tem data marcada para ocorrer, foi aprovada pelo Conselho Superior da instituição de ensino.

A honraria é concedida a personalidades que tenham contribuído de forma notável em suas áreas de atuação, seja na cultura, na educação ou em ações voltadas à humanidade. Honoris causa significa “por causa da honra“. Verônica Carvalho é bióloga e assistente social. Valéria Carvalho é pedagoga. 

Conhecidas pelo enfrentamento à luta antirracista na região, as irmãs, descendentes de quilombolas originários do Piauí, atuam há mais de duas décadas na defesa e no direito à vida das populações negras. 

No Cariri, o Grunec (2001), sob a liderança de Verônica e Valéria, travou importantes lutas, como a construção do curso de Educação no campus da URCA e a elaboração da proposta do PIBID Diversidade do Instituto Federal do Ceará, campus Juazeiro do Norte.

Foto: Reprodução / Defensoria Pública do Ceará.

As irmãs também organizaram, em 2010, o mapeamento das comunidades quilombolas e/ou rurais negras do Cariri, em parceria com a Cáritas Diocesana de Crato. De forma contínua, mantêm diálogo com instituições de ensino e órgãos públicos para o desenvolvimento de atividades formativas relacionadas ao saber negro, como o evento Artefatos da Cultura Negra, de caráter acadêmico, voltado à formação de professores.

De acordo com informações do portal Ceará Criolo, nos últimos meses, ambas têm se dedicado à produção de livros sobre a existência negra no Cariri. Além disso, o local onde vivem, conhecido como Terreiro das Pretas, funciona como uma extensão de seus ensinamentos e foi reconhecido pelo Ministério da Cultura como Pontão de Cultura.

 

*Com informações do Portal Ceará Criolo

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