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Hoje transcorre 30 anos da morte do ex-prefeito de Juazeiro José Monteiro de Macedo
Demontier Tenório
Corpo de Zé Monteiro foi velado no plenário da Câmara de Juazeiro (Reprodução)

Como forma de homenagem póstuma o Site Miséria lembra, nesta quarta-feira, a passagem de exatos 30 anos da morte do ex-prefeito de Juazeiro do Norte e ex-deputado estadual, José Monteiro de Macedo. Ele faleceu no dia 27 de novembro de 1989 aos 89 anos de idade e teve o corpo velado na Câmara Municipal de Juazeiro, época em que o presidente da Casa era o vereador Aguinaldo Carlos de Souza.

Zé Monteiro – como era conhecido – nasceu no dia 2 de setembro de 1890 em Cabaceiras (PB) e passou a residir em Juazeiro no ano de 1918 quando a cidade tinha apenas sete anos de emancipação política. Ele veio acompanhado dos pais João Monteiro do Nascimento e Hermínia Monteiro Macedo e os irmãos: Nicolau Monteiro de Macedo, Sebastiana, Carlota, Antonio, Francisca, Zefinha, Cícero e Aleulia.

Em Juazeiro, tornou-se amigo do Padre Cícero e filiou-se ao PRC (Partido Republicano Conservador) ao qual o sacerdote pertencia. Ele casou com Rosa Vitorino Monteiro que já tinha Eunice Vitorino como filha. Do matrimônio nasceram: Francisco Vitorino Monteiro (Médico falecido), e o funcionário público federal Tarcisio Monteiro de Macedo.

No dia 23 de março de 1947 ele foi nomeado Interventor Municipal pelo então governador Faustino de Albuquerque e governou por dois anos. Em 1950 este mesmo governador o nomeou juiz substituto da Comarca de Juazeiro. Já no dia 3 de outubro de 1950 foi eleito pelo PR (Partido Republicano) prefeito de Juazeiro com 3.324 votos e assumiu o cargo no dia 31 de janeiro de 1951 governando por pouco mais de quatro anos.

Na época os eleitos para a Câmara de Vereadores foram: Luis de Matos França (416 votos); José Maria de Figueiredo (388); José Gonçalves Ribeiro (363); Argemiro Mota de Carvalho (349); Maria Neide Pereira Nobre (284); Margarida Pereira Lima (175); Antonio Fernandes Coimbra – Mascote (146); Raimundo Viana (13); Senhorzinho Ribeiro (137) e Raimundo José da Silva com apenas 126 votos

Como prefeito, Zé Monteiro comprou três possantes motores para a empresa elétrica de então, instalou telefones automáticos, reformou o mercado público e construiu as pontes sobre os rios Carás e Carité. Além disso, ergueu o Arco dos Salesianos, fundou a Cooperativa de Crédito e o Centro Regional de Publicidade (CRP) um serviço de autofalante para favorecer a comunicação em Juazeiro.

Ao deixar a prefeitura, o mesmo fez questão de anunciar o saldo em caixa da ordem de 7 milhões de cruzeiros que era muito dinheiro para a época. Já pela coligação UDN/PTB, Zé Monteiro foi eleito deputado estadual no ano de 1954. Ainda quando prefeito, o Nordeste viveu uma época de grave seca e o mesmo recorreu ao então governador Raul Barbosa em busca de ajudas.

A autoridade estadual olhou para o prefeito juazeirense e disse: “A única ajuda que tenho é a polícia”. Zé Monteiro devolveu a provocação respondendo: “Polícia não mata fome de ninguém” quando recorreu a ajuda dos comerciantes locais e passou a construir estradas com a mão de obras dos flagelados da seca. Em Juazeiro, Zé Monteiro foi homenageado com nome de uma escola que funciona no bairro Juvêncio Santana.

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