Irmãos Aniceto. Foto: Reprodução.
A Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto foi homenageada no dia 18 de novembro com a inauguração de uma estátua em frente ao Pontão de Cultura Beatos, no Crato. Criado em 1815, o grupo musical foi fundado por José Lourenço da Silva e, após mais de 200 anos de história, segue com o legado preservado por filhos, netos e bisnetos de Aniceto.
A inauguração ocorreu durante a programação da 5ª edição do Festival Internacional de Máscaras do Cariri (FIMC), que segue até 23 de novembro. A homenagem foi promovida pela ONG Beatos, espaço cultural que promove atividades de valorização das tradições e dos saberes populares.
“Os irmãos Aniceto foram escolhidos devido à sua significativa contribuição para a cultura popular brasileira, especialmente na música e na preservação das tradições das culturas populares. Eles são ícones da música de raiz e têm um papel importante na valorização da identidade cultural do território”, diz a presidente da ONG Beatos, Dane de Jade, em entrevista ao Portal Miséria/M1.
As esculturas foram produzidas pelo artista juazeirense Francisco dos Santos. “Cada escultura representa um dos Aniceto e tem um forte simbolismo, refletindo a história e a cultura da banda e toda importância que a mesma tem para a cultura”, detalha Dane.

Dane de Jade e Francisco dos Santos. Ao fundo as estpatuas em homenagem ao grupo. Foto: Reprodução.
A celebração aconteceu na sede da ONG, em Crato, e reuniu artistas e membros da comunidade em um gesto de reconhecimento à herança musical da Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto.
O grupo já se apresentou ao lado de importantes nomes da música brasileira, como o multi-instrumentista Hermeto Paschoal e o Quinteto Violado. Também participou de diversos filmes e documentários para a TV ao longo de sua trajetória.
O repertório reúne marchas, dobrados e peças inspiradas no cotidiano do trabalhador rural sertanejo e em danças tradicionais. Grande parte dos instrumentos — como pífanos, zabumba, caixa e pratos de metal — é de fabricação local ou caseira.

