João Alencar deu nome a uma escola no Juazeiro que vai ser reconstruída.
Como forma de homenagem póstuma, este veículo de comunicação lembra exatos 80 anos da morte do comerciante João Alencar de Figueiredo, que transcorre nesta quarta-feira. Ele nasceu em no dia 22 de janeiro de 1881 no município de Garanhuns (PE) e morreu aos 64 anos de idade, no dia 26 de novembro de 1945, em Juazeiro do Norte. O município tinha apenas 34 anos de emancipação política e o Padre Cícero havia falecido 11 anos da morte de João Alencar.
O mesmo era comerciante, secretário particular, compadre e vizinho do sacerdote com quem nutria grande amizade. O pai de João Alencar foi o português Antonio Maria de Figueiredo e, ainda jovem, o filho deixou a terra natal no Pernambuco para residir no Acre onde permaneceu durante 20 anos. Foi onde atingiu o oficialato da Guarda Nacional e conquistou o respeito e carinho dos acreanos por conta da sua luta na segurança e defesa das fronteiras com a Bolívia e o Peru.
Após essa etapa e a convicção do dever cumprido, João Alencar escolheu Juazeiro para morar no ano de 1917. Ele já tinha visitado o município e “foi amor à primeira vista” como costumava dizer. Aqui casou, pela primeira vez, com sua conterrânea pernambucana Zulmira Rosa e Silva. Desse relacionamento nasceram: Edgar Rosa de Figueiredo, Violeta Galvão, João Figueiredo Filho, José Maria de Figueiredo (foi vereador e vice-prefeito de Juazeiro), Maria Consuelo e Miriam Figueiredo.
Com a morte da esposa no ano de 1923, ele tratou de afastar o luto numa longa viagem pela Europa se demorando mais em Portugal, terra natal do seu pai. No retorno ao Brasil, casou pela segunda vez com Hilda Bezerra Figueiredo advindo os filhos Ana Matos de Figueiredo e Julieta de Figueiredo. Com a morte da segunda esposa voltou a sofrer, mas permaneceu no Juazeiro se dedicando ao trabalho, recebendo o apoio dos filhos e do amigo particular que era o Padre Cícero o qual muito o confortava.
O terceiro casamento veio no ano de 1935 quando já estava com 54 anos de idade. A nova escolhida foi Maria Soledade de Figueiredo com quem teve os filhos Antonio Figueiredo Sobrinho, Nelson Alencar de Figueiredo e Gilda Alencar de Figueiredo Moreira. Foram 28 anos de dedicação e amor ao Juazeiro, com acentuado destaque social. Destes, aproximadamente 20 anos de estreito relacionamento e fraterna amizade com o Padre Cícero os quais sempre trocavam ideias e conselhos.
Foi nesse contexto que tornou-se escrivão e secretário particular do sacerdote. Além disso, comerciante, escrivão na Coletoria Federal e trabalhou em gestões do prefeito José Geraldo da Cruz. A única homenagem prestada a João Alencar de Figueiredo no Juazeiro foi uma escola da rede municipal que começou na Rua das Flores. Depois, mudou-se para uma das laterais do Romeirão.
Com a reforma do estádio, ela foi demolida passando a funcionar no prédio do antigo Murilão na Avenida Castelo Branco. Face as condições precárias do imóvel, perdeu a sede própria e os alunos distribuídos para outros estabelecimentos. Agora, o prefeito Gledson Bezerra anuncia a construção de novo prédio para a Escola João Alencar em terreno desapropriado pelo município na Rua Mário Malzoni perto da rotatória com a Avenida Ailton Gomes.

