Padre Alencar Peixoto foi homenageado com nome de rua em Juazeiro (Reprodução)
Como forma de homenagem póstuma o Site Miséria lembra exatos 150 anos do nascimento em Crato do Padre Alencar Peixoto, que transcorre nesta segunda-feira. Ele foi uma figura importante na luta pela emancipação política de Juazeiro do Norte, tendo sido fundador do Jornal O Rebate. Depois, rompeu com o Padre Cícero passando de amigo a detrator por conta dos seus interesses políticos não viabilizados e faleceu aos 86 anos mais precisamente no ano de 1957 em Minas Gerais.
Joaquim Marques Peixoto de Alencar nasceu no dia 26 de abril de 1871 e era filho de Felismino Marques Peixoto e Hurtulana Leopoldina Peixoto de Alencar. Foi batizado no dia 21 de maio daquele ano na Igreja de Nossa Senhora da Penha em Crato em cerimônia oficiada pelo Padre Manuel Joaquim Ayres do Nascimento. O mesmo iniciou estudos no ano de 1890 no Seminário São José de Crato e sua ordenação sacerdotal aconteceu em João pessoa (PB) em 1897 quando tinha 26 anos de idade.
Foi lá mesmo na capital paraibana onde celebrou sua primeira missa no dia 8 de dezembro de 1897. Posteriormente retornou ao Crato e se mudou para o povoado de Joazeiro no dia 15 de agosto de 1907 ou cerca de quatro anos antes da emancipação política. Chegando a Juazeiro assumiu o comando da Capela de Nossa Senhora das Dores época em que o povoado já era bem desenvolvido e tencionava lutar pela independência em relação ao município de Crato.
No dia 18 de julho de 1909 o Padre Alencar Peixoto se tornou o fundador do primeiro jornal de Juazeiro, o qual ganhou o nome de “O Rebate” e tinha o objetivo de pugnar pela emancipação política. Se tornaram colaboradores do jornal o professor José Marrocos, o médico Floro Bartolomeu da Costa, o advogado José Ferreira de Menezes e outros. Alencar Peixoto também foi escritor e autor de várias obras.
Eis algumas: “Joazeiro do Cariri” (1913); “A Vila de Joazeiro ou Apontamentos para a sua História”; “À Margem de um Livro” e mais um opúsculo em língua latina. Para homenageá-lo, o professor e escritor caririense Joaryvar Macedo lhe dedicou o livro: “Alencar Peixoto, um Clássico”. Ele queria ser o primeiro prefeito de Juazeiro. Como não conseguiu, retornou ao Crato e se tornou detrator de Padre Cícero. À ele foi prestada uma única homenagem por aqui no caso o nome de uma rua no centro.

