O preço da gasolina e outros combustíveis, que não para de crescer no Brasil nos últimos meses, se tornou uma das maiores reclamações de consumidores. Em 2016, sob o comando do governo Temer (MDB), a Petrobras adotou a Política de Preços de Paridade de Importação (PPI), que vincula o preço do petróleo ao mercado internacional, em dólar. De acordo com levantamento realizado pelo economista Alex Agostini, da Austin Rating, o real foi a quarta moeda que mais perdeu valor em relação à moeda americana em outubro.

No último dia 28 de outubro, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, durante sua live semanal nas redes sociais, que está buscando uma forma de mudar a política de preço dos combustíveis no país. Entretanto, até o momento, seu governo mantém a dolarização na Petrobras.

“A Petrobras é obrigada a aumentar o preço, porque ela tem que seguir a legislação. E nós estamos tentando aqui buscar maneiras de mudar a lei nesse sentido. Porque não é justo você viver num país que paga tudo em real, é um país praticamente autossuficiente em petróleo e tem o preço do seu combustível aqui atrelado ao dólar”, afirmou Bolsonaro.

Por diversas vezes, Bolsonaro atrelou a alta disparada dos preços dos combustíveis ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos estados. Em fevereiro deste ano, a titular da Secretaria da Fazenda do Ceará (Sefaz-CE), Fernanda Pacobahyba, informou que a alíquota do ICMS sobre o diesel no estado é a mesma desde 1998 e a da gasolina é a mesma desde 2015.

Perguntamos aos nossos leitores, na enquete da semana, se os mesmos achavam que a política de dolarização do preço do combustível deveria ou não ser mantida pela Petrobras. 457 leitores votaram. A grande maioria de 404 leitores (88%) acredita que a política deve mudar. Já 53 leitores (12%) não concordam com o fim do preço dolarizado dos combustíveis.