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No mês das mulheres, secretárias de saúde de Juazeiro e Crato falam sobre os desafios do cargo durante a pandemia
Em Juazeiro do Norte e Crato, as Secretarias Municipais de Saúde estão a cargo de duas mulheres.
Sarah Gomes
Secretárias de Saúde de Juazeiro do Norte e Crato, Francimones Albuquerque eMarina Feitosa. (Fotos: Guto Vital)

Em 24 de fevereiro de 2020 foi diagnosticado o primeiro caso de Covid-19 do Brasil. Pouco mais de duas semanas depois, em 12 de março do mesmo ano, o país registrou o primeiro óbito pela doença causada pelo coronavírus. O período, até então dedicado à celebração e o reconhecimento do processo histórico de luta das mulheres pela equidade de direitos, foi marcado pelo início da pandemia no território nacional.

De acordo com o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), mais de 6 milhões de profissionais atuam no combate à pandemia através dos setores público e privado de saúde. Pelo menos 65% desses profissionais são mulheres, que estão distribuídas em todos os níveis de complexidade de assistência.

Em Juazeiro do Norte e Crato, cidades que juntas somam mais de 28 mil casos de Covid-19 e quase 500 óbitos pela doença, as Secretarias Municipais de Saúde estão a cargo de duas mulheres. Em entrevista ao Site Miséria, as secretárias Francimones Albuquerque e Marina Feitosa falaram sobre os desafios e as renúncias que envolvem assumir um cargo de liderança na gestão pública em meio a esse cenário.

Com 22 anos de serviço público, a secretária Francimones Albuquerque afirma que a saúde pública é “sua vida” e que foi o desejo de contribuir com a região que a levou a aceitar o convite de assumir a Secretaria de Juazeiro do Norte. Nesses três meses de gestão, ela revela já ter ouvido que não aguentaria a “pressão”, mas que seu preparo técnico a manteve confiante da decisão. No total, são mais de 12 horas diárias dedicadas à secretaria e bastidores marcados pelo distanciamento da família e a perda brutal de amigos e colegas de profissão que morreram atuando na linha de frente do combate à pandemia.

Assista:

Para a secretária Marina Feitosa, estar mais uma vez à frente da Pasta cratense é um desafio como profissional, pessoal e cidadã. Emocionada, a gestora revela que está há mais de um ano sem encontrar a avó, que vê os filhos apenas durante o horário de almoço e mesmo cansada se mantém firme pelos profissionais que atuam nos serviços de saúde do município. “O que nos engrandece é quando as famílias voltam para nos agradecer”, conta.

Assista:

As entrevistas in loco foram realizadas pelo repórter Toni Sousa e o cinegrafista Guto Vital.

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