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Poluição do ar pode causar câncer de pulmão, alertam cientistas
O trabalho ajuda a explicar por que tantos não-fumantes desenvolvem câncer de pulmão
Yanne Vieira
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Um estudo publicado no último fim de semana revela como partículas finas contidas na fumaça dos carros “despertam” mutações nas células pulmonares resultando no surgimento de tumores. O trabalho, apresentado na conferência da Sociedade Europeia de Oncologia Médica, em Paris, ajuda a explicar por que tantos não-fumantes desenvolvem câncer de pulmão e também desperta um “alerta” para o impacto prejudicial da poluição na saúde humana.

O risco de câncer de pulmão causado pela poluição do ar é menor do que pelo fumo, mas não temos controle sobre o que respiramos”, explicou o professor Charles Swanton, do Francis Crick Institute.

Globalmente, cerca de 300.000 mortes por câncer de pulmão em 2019 foram atribuídas à exposição a partículas finas, conhecidas como PM2,5, contidas na poluição do ar.

O estudo analisou dados de mais de 400 mil pessoas no Reino Unido e na Ásia, comparando as taxas de câncer de pulmão mutante em áreas com diferentes níveis de poluição de material particulado PM2.5. Os autores encontraram taxas mais altas desse câncer, bem como de outros tipos, em pessoas que vivem em áreas com concentração mais alta desse poluente.

De acordo com nossa análise, o aumento dos níveis de poluição do ar aumenta o risco de câncer de pulmão, mesotelioma e câncer de boca e garganta”, destacou a pesquisadora Emilia Lim, da UCL e coautora do estudo.

“Mesmo pequenas mudanças nos níveis de poluição do ar podem afetar a saúde humana. 99% da população mundial vive em áreas que excedem os limites anuais da Organização Mundial da Saúde (OMS) para PM2.5, destacando os desafios da saúde pública impostos pela poluição do ar em todo o mundo”, pontuou.

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