O pré-natal pode prevenir a prematuridade em até 70% dos casos, informa o chefe do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do HGCC, Flávio Ibiapina. Isso acontece quando o bebê nasce antes da 37ª semana de gestação, podendo acarretar sequelas ao recém-nascido devido à imaturidade dos seus órgãos e sistemas, principalmente o sistema respiratório e o sistema nervoso central.

“A paciente deve realizar ultrassonografias para medir o comprimento do colo uterino e indicar se ela está em maior ou menor risco. Procedimentos, como administração de medicações, como a progesterona ou até a cerclagem uterina (ponto no colo do útero), são utilizados para tentar diminuir o risco de prematuridade em casos de risco aumentado”, explica o obstetra.

Caio, primeiro filho do casal Ana Angélica e de Manuel Messias, nasceu prematuro e precisou de cuidados e atenção especiais nos primeiros momentos de vida. O bebê recebeu alta médica na última segunda-feira (13), depois de 44 dias de internamento no Hospital Geral Dr. César Cals (HGCC), em Fortaleza.

Além de Caio, outros 1.344 bebês nasceram prematuros apenas na unidade hospitalar de janeiro a outubro deste ano. “Foi um baque. Tive medo, angústia, pensei que poderia perdê-lo. Quem se prepara para ser mãe, nunca espera que o filho nasça antes do tempo, né?”, relata Angélica.

As complicações da prematuridade são a principal causa de morte no período neonatal, segundo a Organização Pan-americana da Saúde (OPAS). Por isso, os bebês prematuros necessitam de atenção especializada e cuidados específicos.