Foto: Guto Vital/ TV Miséria
O presidente do sindicato que representa a Banda de Música do Crato, Samuel Siebra, rebateu as declarações da secretária municipal de Cultura, Fabiana Vieira, sobre a greve da categoria. Segundo ele, o problema não é a falta de diálogo, mas a ausência de propostas concretas por parte da gestão.
No caso do adicional de insalubridade, ele afirma que os exames audiométricos realizados pela gestão já comprovaram que a maior parte dos músicos apresenta comprometimento auditivo, mas, mesmo assim, o benefício não vem sendo pago desde 2023.
“A secretária citou a questão dos exames audiométricos que eles fizeram, mas ela não disse que mais de 80% desses trabalhadores estão comprometidos à sua audição. Portanto, a insalubridade já era para ter sido paga desde 2023, e esses trabalhadores até hoje não recebem a insalubridade”, afirmou.
Samuel também criticou a ausência de avanços em outras pautas reivindicadas pelos músicos. “Ela também esqueceu de falar das progressões que esses trabalhadores têm, oito progressões não pagas, que inclusive todos os trabalhadores tiveram na última campanha salarial, menos a banda de música”, disse.
A paralisação da Banda de Música do Crato começou no dia 1º de setembro, quando os músicos deixaram de participar da procissão de Nossa Senhora da Penha. Desde então, eles também não têm integrado eventos oficiais.

