A Escola Porto Iracema das Artes iniciou, nesta segunda-feira (11), o lançamento da primeira edição do Laboratório de Música Porto Vila Cariri (Lab Porto Vila Cariri), com as atividades do Projeto aBarca. Visando a expansão das formações oferecidas pela Escola, além do laboratório, o projeto prevê a realização de um programa de iniciação às artes, com cerca de 100 cursos de qualificação profissional, e 1.500 matrículas para jovens da faixa etária de 15 a 29 anos em situação de vulnerabilidade social.

O equipamento faz parte da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult), gerida pelo Instituto Dragão do Mar (IDM) e recebe investimentos da ordem de R$ 1,7 milhão, provenientes de recursos do Fundo Estadual de Combate à Pobreza (Fecop) do Governo do Ceará.

De acordo com a Secult, o Lab Música Porto Vila Cariri, realizado em parceria com a Vila da Música Monsenhor Ágio Augusto Moreira, tem como objetivo desenvolver projetos artísticos, numa perspectiva de processos criativos, desenvolvidos em um período de sete meses.

Podem participar do processo seletivo pessoas com residência comprovada na região do Cariri, pelo menos há dois anos, com idade mínima de 18 anos completos. Até quatro projetos serão selecionados, sendo 50% das vagas destinadas para pessoas autodeclaradas pretas, pardas, indígenas, quilombolas, com deficiência, travestis, transexuais e transgêneros. As inscrições podem ser feitas até o dia 30 de abril no site da Escola.

As inscrições para o Laboratório de Música Porto Vila Cariri devem ser realizadas pelo site da Escola entre os dias 11 e 30 de Abril.

Para o Secretário de Cultura do Ceará, Fabiano Piúba, “essa reunião do Porto Iracema das Artes e a experiência da Vila da Música vai gerar frutos importantes para a ampliação das capacidades e competências técnicas e artísticas para a música na região do Cariri, que já é tão rica de expressões”, ressalta.

A Diretora de Formação e Criação do Instituto Dragão do Mar e do Porto Iracema das Artes, Elisabete Jaguaribe, acentua a importância da expansão das atividades, “o projeto responde a uma demanda antiga que nos chegava do interior do estado. A possibilidade dessa expansão nos mobiliza profundamente, especialmente nesse momento em que estamos saindo da pandemia, com tantos desejos de encontros e de construção de novos modos de existência”- acentua a professora, observando que todo o orçamento é financiado com recursos estaduais.

De acordo com a Secult, o programa funciona com uma metodologia inovadora, e tem duração de sete meses. Nesse período, há uma bolsa no valor de R$ 1 mil para até três integrantes de cada projeto. As atividades incluem orientação coletiva e individual com tutores(as) escolhidos(as) de acordo com as poéticas de cada pesquisa, formação por meio de oficinas específicas e aulas abertas, além de todo o apoio estrutural da Vila da Música Monsenhor Ágio Augusto Moreira.

Os projetos selecionados deverão apresentar, ao final do processo, um show/espetáculo ou outro formato resultante da imersão no Laboratório. O processo seletivo se dará em três etapas: análise dos documentos, avaliação técnica e avaliação final.