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Projeto Quebrada Cultural estimula artistas periféricos nas comunidades de Juazeiro do Norte; conheça
Emanuel Máximo
Projeto Quebrada Cultural estimula artistas periféricos nas comunidades de Juazeiro do Norte; conheça (Foto: Amarulla)

A história começa lá em 2014 quando o jovem o artista Lucas Galdino, 25 anos, saiu do Pernambuco rumo ao Cariri para cursar Teatro na Urca. Em outubro de 2018, Lucas se fixou no bairro Triângulo e criou o Quebrada Cultural. Um projeto social que procura dar visibilidade a artistas periféricos e prestar apoio aos moradores das comunidades. Atualmente, o projeto conta com o trabalho de 10 integrantes voluntários e abrange aproximadamente 150 famílias. 

Tudo funciona no andar de cima da casa de Lucas. Lá acontece grande parte dos eventos realizados pelo projeto. Segundo ele, a ideia floresceu por causa do desamparo governamental vivido há anos pelas periferias de Juazeiro do Norte que aprofundam as desigualdades sociais vivenciadas sobretudo pela população de bairros mais pobres. 

Ele analisa os contrastes: “Comunidades com calçamentos de pedras e esgotos a céu aberto e nas próximas ruas já tem asfaltos e casas de 3 andares. Vivemos em uma parte que é negligenciada pela política governamental.”.

Anália Lobo (30), artista voluntária, conta como a Quebrada Cultural é mantida financeiramente. O grupo fica à espera de editais, realizam parcerias, campanhas, eventos e “vaquinhas” online. “A gente fica esperando os editais, mas também fazemos ações com o nosso próprio bolso. Por muito tempo foi assim também, antes da gente conseguir ter um reconhecimento dentro dos editais (do governo), o que não é fácil.”. As ações vão desde campanhas para doação de alimentos à revitalização de espaços públicos. Além disso, o grande impacto do Quebrada é sobre os artistas periféricos que não conseguem encontrar um lugar no mercado. 

A artista Diva D’Brito (24) é umas das que sente o impacto do projeto em sua vida. Com as dificuldades ocasionadas pela pandemia, se via sem rumo. Quando se aproximou da Quebrada Cultural conseguiu desenvolver o trabalho com maior visibilidade. “A Quebrada me acolheu de forma muito receptiva e aconselhadora e foi um alavancada de positividade.”, diz.

Os organizadores reforçam que pretendem continuar desenvolvendo as ações de apoio às comunidades e de promoção dos artistas periféricos e também fazer parcerias com outras quebradas do Cariri para expandir campanhas e realizações. Para fazer parte do projeto Quebrada Cultural, basta entrar em contato através do Instagram @quebradacuturalt e realizar o cadastro através do link que se encontra na bio.

 

Foto: Arquivo Quebrada Cultural

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