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Se reajustado, nova tarifa de ônibus em Juazeiro do Norte por R$6,23 pode consumir até 16% do salário mínimo
Quem utiliza o transporte duas vezes por dia, cinco dias por semana, pode gastar R$ 249,20 por mês, valor equivalente a 16,4% do salário mínimo, atualmente fixado em R$ 1.518,00.
Bruna Santos
Foto: Reprodução

Caso a tarifa do transporte público de Juazeiro do Norte seja reajustada para R$6,23,  quem utiliza o transporte duas vezes por dia, cinco dias por semana, pode gastar R$ 249,20 por mês, valor equivalente a 16,4% do salário mínimo, atualmente fixado em R$ 1.518,00. O reajuste da tarifa foi mencionado na manhã desta segunda-feira (30) pela Viametro, única empresa responsável pelo transporte público da cidade. 

Segundo o diretor da empresa, André Eskinazi, a tarifa técnica (TEC), calculada com base nos custos operacionais e número de pagantes, chegou a esse valor. No entanto, a tarifa ainda não está em vigor, e a empresa aguarda uma reunião com o poder público para encaminhar a situação.

Nós temos todas as notificações da Prefeitura, nós demos aí o último prazo de sete dias, então já estaria valendo. Então hoje mesmo (30) estamos protocolando ao gabinete do Executivo, um pedido de reunião junto com a notificação já da implementação da nova tarifa. Mas a gente espera que a concessibilidade do Poder Público, ele promova essa reunião. E que a gente tente chegar de uma maneira que a gente possa não transferir toda essa conta para o povo”, disse em entrevista ao News Cariri.

Além do possível aumento, que ainda não tem data programada, a Viametro também anunciou que idosos de 60 a 64 anos deixam de ter gratuidade no transporte público, a partir desta segunda-feira (30). Segundo a empresa, o direito era viável devido a um subsídio da Prefeitura.

“Então em janeiro nós propusemos à prefeitura a nova planilha e a nova tarifa. A prefeitura nos solicitou algumas informações de valores de ônibus, de peças, coisas e tal. Ela  fez a planilha dela, nós contra-argumentamos com a nossa, e ela, em cima desse debate, em fevereiro encaminhou ao Poder Legislativo uma mensagem  que autorizaria o subsídio durante o ano de 2025, que é o ano corrente. Então, a partir de dezembro de 2024, passou-se a não ter mais essa regra”, disse o diretor regional.

A situação gerou preocupação entre os trabalhadores, especialmente os informais e autônomos, que muitas vezes não alcançam o valor do salário mínimo fixado, e dependem do transporte público para se locomover.Nem em cidade grande, em grande capital a passagem é esse valor”, comentou Irene Gomes, autônoma que utiliza ônibus diariamente.

Até o momento, o município não se posicionou sobre o assunto.

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