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Universitário alerta sobre subnotificação de casos de leishmaniose em Juazeiro do Norte
O levantamento foi apresentado pelo acadêmico de Medicina Veterinária, Mateus Lira, durante sessão na Câmara de Juazeiro do Norte.
Rogério Brito
Mosquito-palha, transmissor da leishmaniose (Foto: Wikimedia Commons)

Juazeiro do Norte contabilizou 130 diagnósticos positivos de leishmaniose visceral (calazar) em cães no primeiro semestre de 2023, 6% a mais em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 122 casos da doença. Os dados foram extraídos de boletins da Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa) e do Centro de Zoonoses de Juazeiro do Norte.

O levantamento foi apresentado nessa terça-feira (5) pelo acadêmico de Medicina Veterinária Mateus Lira, durante sessão ordinária na Câmara Municipal de Juazeiro do Norte. Na ocasião, ele alertou que esse percentual de casos de leishmaniose em Juazeiro pode ser ainda maior, uma vez que a testagem ainda é considerada baixa.

Quanto ao número de cães eutanasiados devido à doença, o aumento é de 8%. Foram 109 animais sacrificados entre janeiro e junho deste ano, ante 100 procedimentos realizados pelo Centro de Zoonoses de Juazeiro do Norte no primeiro semestre de 2022.

“Juazeiro está prestes a entrar em colapso. Os números são alarmantes. A doença vem sendo subnotificada. Cada vez mais, são menos testes realizados e menos ações de enfretamento”, disse o universitário.

Os números foram vistos com preocupação pelos vereadores. A vereadora Jacqueline Gouveia (MDB) cobrou da Secretaria de Saúde do município reforço nas ações de controle e prevenção da leishmaniose. Ela defende que as testagens passem a ser realizadas nos bairros.

“São centenas de animais doentes nas ruas. A população sem conseguir acesso ao Centro de Zoonoses. Já mostrei ao prefeito [Glêdson Bezerra] estudos que comprovam que [a situação] está alarmante”, afirmou a parlamentar.

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