Mestre José Lourenço. Foto: Ascom /PMJN.
A arte da xilogravura produzida pelo juazeirense Mestre José Lourenço Gonzaga, reconhecido como Tesouro Vivo da Cultura do Ceará, ganhou espaço em um Museu no Japão. A conquista foi divulgada pelo próprio artista em suas redes sociais no último dia 24 de julho.
O artista aprendeu o ofício de forma autodidata, ainda jovem, inspirado pelas capas de cordéis que via na cidade. Porém, o aprendizado se consolidou quando, sob orientação do Mestre Expedito Sebastião, recebeu a primeira encomenda. Ele tinha que fazer um desenho sobre o período das quadrilhas juninas, sendo gravar um casal de noivos e um jumento, juntos, embaixo de uma árvore. A partir disso, foi trilhando seu caminho até consolidar-se como uma das principais referências da xilogravura no país.
Ele foi responsável por desenvolver o álbum “Vida do Padre Cícero” em 1990, premiado pelo XLII Salão de Abril em 1991. Outras artes como “Vida e Poesia do Patativa do Assaré”, “Via Sacra”, “Lira Nordestina” e o “Gonzagão” para o livro “O Rei e o Baião”, também são reconhecidas nacionalmente.

Xilogravuras do Mestre José Lourenço. Foto: Ascom / PMJN
José Lourenço também ministrou oficinas de xilogravuras, participou de diversas feiras, eventos e exposições nacionais e internacionais, com destaque para as bienais do livro em Fortaleza e São Paulo e a feira internacional de Milão “Artigiano in Fiera” de 1 à 9 de dezembro de 2018.
Hoje, a atuação do Mestre vai além da confecção de matrizes e impressões em papel. Suas criações ganharam espaço em cerâmicas, camisas, tatuagens e até em um jogo em desenvolvimento, segundo informações da Secretaria de Cultura de Juazeiro do Norte.

