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113 milhões de anos: fóssil de formiga mais antiga do mundo é encontrado na Formação Crato
A Formação Crato é conhecida como um dos locais mais importantes para pesquisas paleontológicas sobre o período Cretácio no Brasil, devido a presença de fósseis com boa preservação.
Bruna Santos
A coleção está no Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo. Foto: Divulgação/ Current Biology.

O mais antigo fóssil da ‘formiga do inferno’, já registrado pela ciência, com aproximadamente 113 milhões de anos, foi encontrado na Formação Crato, na região do Cariri. A descoberta, publicada na revista científica Current Biology, foi feita por Anderson Lepeco, pesquisador do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (USP), onde está abrigada a coleção.

O fóssil pertence ao grupo das chamadas ‘formigas do inferno’, que viveram durante o período Cretáceo, encerrado há cerca de 66 milhões de anos. O exemplar é da subfamília extinta Haidomyrmecinae.

Pesquisadores utilizaram imagens 3D para estudar a formiga que viveu junto com os dinossauros. Foto: Divulgação/ Current Biology

De acordo com o estudo, essas formigas tinham mandíbulas voltadas para a frente, com uma aparência semelhante a foices e, provavelmente, eram usadas para capturar, imobilizar ou empalar outros insetos. Para analisar o fóssil, os pesquisadores utilizaram imagens microtomografia computadorizada para observar com maior nitidez a estrutura interna.

A pesquisa aponta que o exemplar encontrado no Crato é 13 milhões de anos mais antigo que os fósseis de ‘formigas do inferno’ descobertos anteriormente em Mianmar, preservados em âmbar e com cerca de 100 milhões de anos.

A formiga do inferno existiu há mais de 100 milhões de anos. Foto: Divulgação/ Current Biology

A Formação Crato é conhecida como um dos locais mais importantes para pesquisas paleontológicas sobre o período Cretácio no Brasil, devido a presença de fósseis com boa preservação.

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