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Em assembleia, unanimidade decide continuidade da greve da URCA; docentes destacam criminalização da paralisação
Com 137 votos, a greve foi mantida.
Maurício Júnior
Foto: Guto Vital

Docentes da Universidade Regional do Cariri (URCA) decidiram por unanimidade, em assembleia realizada nesta terça-feira (16), manter a greve. No total, foram 137 votos a favor. A categoria está em luta pelas promoções e progressões dos servidores, melhoria da infraestrutura da Universidade, sobretudo dos campi do Centro de Artes e Campos Sales, bem como a convocação dos professores aprovados no concurso público.

A Assembleia Geral, que ocorreu no campus Pimenta, em Crato, deliberou uma série de pautas, com destaque para a criminalização da greve e dirigentes sindicais do Sindicato dos e das Docentes da URCA (SINDURCA), por parte da Procuradoria Geral do Estado, em nome do Governo do Estado do Ceará e da Reitoria da URCA que solicitam a ilegalidade da greve docente da Universidade Regional, deferindo “multa diária de 100 mil reais contra o Sindicato, e de 15 mil reais contra a pessoa de cada dirigente da entidade“.

A medida, jamais até então vista no Estado do Ceará desde a redemocratização, será respondida pelo Sindicato nos autos do processo. Explica-se que o direito de greve pertence à categoria, e não a uma entidade ou burocracia sindical. Não temos poderes para deflagrar greve nem para pôr fim a ela. Só a categoria reunida em Assembleia Geral, tem poderes para tanto”, destacou o SINDURCA em nota publicada nas redes sociais.

Em entrevista ao Portal Miséria, o professor e membro do SINDURCA, Fernando Castelo Branco, reiterou “indignação” com o Governo do Estado e a Reitoria da URCA, visto a solicitação de multa alegando crime de desobediência dos docentes. “Nós não temos o poder, enquanto entidade sindical, enquanto diretores do Sindicato, para colocar fim à greve ou para começar uma greve. A greve começa e a greve termina em assembleia geral docente“, pontuou o profissional.

Vale destacar que a greve foi deflagrada durante assembleia geral ocorrida no último dia 27 de março. “Nós queremos negociar com o Governo do Estado, mas uma negociação só é possível se houver igualdade entre as partes“, explica Fernando.

Em nota, o SINDURCA salienta que a “Greve Docente da URCA continua obedecendo à manutenção de 30% das atividades docentes essenciais à prestação de serviço público indispensável e inadiável, de acordo com o calendário de mobilização estabelecido pelo Comando de Greve“.

Confira abaixo a entrevista completa, na qual o representante do SINDURCA detalha os processos da greve, além de fazer um apelo sobre as multas aplicadas aos profissionais, e pontuações sobre o governador estadual Elmano de Freitas (PT):

 

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