Prefeito Glêdson Bezerra (Foto: Reprodução/ Facebook)
Após o vereador Márcio Joias (PRD) afirmar em sessão da Câmara de Juazeiro do Norte que o prefeito da cidade, Glêdson Bezerra (Podemos), estaria usando de manobra fiscal para conseguir recursos para concluir a obra do hospital infantil Maria Amélia, o gestor veio a público e tratou sobre o assunto. Lembra-se no último dia 30 de abril, o parlamentar afirmou que Juazeiro do Norte não havia recebido a emenda do deputado federal André Figueiredo (PDT), dinheiro que foi indicado pela municipalidade como o que seria aplicado na finalização da reforma.
Segundo o vereador, o valor sequer teria sido empenhado, e o prefeito estaria usando inadequadamente recursos do Fundo Geral do Município. Diante das declarações, Glêdson disse que o valor já foi creditado nas contas da administração pública. O gestor afirmou que o valor foi empenhado em dezembro de 2023, e efetivamente pago em fevereiro deste ano. O prefeito destacou que a quantia de R$1 milhão foi enviada para o Fundo Municipal de Saúde.
Frisa-se que Bezerra se manifestou por meio de vídeo publicado em suas redes sociais. Ele destacou, ainda, que o hospital está em reforma desde 2018, antes do início de sua gestão. Pré-candidato a reeleição, Glêdson reiterou que procurou o ex-governador Camilo Santana (PT), bem como o hoje chefe do executivo estadual, Elmano de Freitas (PT), para que o valor final do convênio para reforma do prédio fosse liberado.
Nessa linha, ele ponderou que como o valor não chegou ao município, buscou ajuda do parlamentar federal. Lembra-se que o embate entre município e Estado é longo. Seguidamente o Estado endossa que Juazeiro do Norte encontra-se com irregularidades que impedem o pagamento final do recurso, todavia, a administração local rechaça a alegativa e diz que está com todas certidões regulares.
Na manifestação do último dia 30 de abril, o vereador Márcio Joias chegou a pedir a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a origem dos recursos aplicados na obra em destaque. O prefeito classificou o caso como “politicagem desmedida”, e disse que levará tais apontamentos ao Ministério Público do Ceará (MPCE).