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Juazeiro: com alta da inflação, comércio religioso continua fraco mesmo após reabertura das igrejas
Sarah Gomes
Foto: Guto Vital/Agência Miséria

Para produzir uma vela, é necessário parafina e pavio. Adquirida em flocos, a parafina deve ser derretida e despejada em recipientes com o formato desejado para a vela em questão.

No Brasil, a fabricação de parafina é monopolizada pela Petrobras e fornecida por distribuidores. Do início da pandemia para cá, o preço da parafina chegou a dobrar e alguns setores apontam que já existe um desabastecimento dessa matéria-prima.

Em conversa com o Site Miséria, uma das mais tradicionais vendedoras de vela do largo do Socorro falou sobre essa questão.

Dona Maria das Graças vende velas há quase 40 anos e nunca passou por uma crise no setor como a que está passando desde o início da pandemia. Ela conta que mesmo com a reabertura das igrejas em Juazeiro do Norte, as vendas continuam fracas.

“Porque as pessoas ainda têm medo de vir pra igreja. E aquelas que vêm, já vêm na hora certa da missa e assim que a missa acaba elas vão embora. O medo ainda não tá vencido. Por isso o comércio continua fraco próximo à capela”, explica a vendedora.

Mas de acordo com dona Maria das Graças, esse não é o único motivo para a queda nas vendas de velas e enfraquecimento do comércio de produtos religiosos no bairro. O preço da parafina encareceu a vela e diminuiu a procura. “Uma vela de 7 dias que era R$ 4,50 agora é R$ 8,00. Um pacote de vela que se vendia de R$ 5 agora também é R$ 8”, revela.

Apesar desse cenário, dona Maria das Graças não perde a esperança que a economia melhore. “Tenho fé em Deus e meu Padre Cícero que tudo vai se normalizar, que as pessoas vão melhorar de situação e eu vou vender minhas velas”, declara.

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