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Nova espécie de jiboia é descoberta por pesquisadores da Uece, do Butantan e do Museu Nacional
A nova espécie foi divulgada na quarta-feira (17), no periódico PLUS ONE.
Maurício Júnior
Foto: Reprodução

O periódico PLOS ONE divulgou, na quarta-feira (17), a descoberta de uma nova espécie de jiboia na Mata Atlântica, intitulada Boa atlantica. A ferramenta de publicação é fruto das teses de doutorado do pesquisador Rodrigo Castellari Gonzalez, e da pesquisadora, Lorena Corina Bezerra.

Rodrigo atua como pesquisador e curador das coleções de Herpetologia do Museu de História Natural do Ceará Professor Dias da Rocha (MHNCE), equipamento da Universidade Estadual do Ceará (Uece). Lorena é pesquisadora do Instituto Butantan.

Conforme o pesquisador, essa nova espécie de jiboia já era reconhecida pela população em geral, além da comunidade científica, desde o século XVII. No entanto, o animal era classificado como jiboia comum (Boa constrictor). Com a pesquisa, foram relevadas características morfológicas e genéticas diferentes entre as espécies, bem como foi constatado que essa espécie é específica da Mata Atlântica e ocorre entre os estados do Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro.

Rodrigo explicou que visitou mais de 50 museus em quatro países durante o seu período de doutorado. Ele também analisou mais de mil amostras de jiboias, levando-o à suspeita da existência de novas espécies, tendo em vista a observação de um modelo de coloração específico e uma distribuição geográfica única nas jiboias da Mata Atlântica.

Em paralelo, a pesquisadora Lorena Bezerra fez investigações sobre o aspecto genético dessas serpentes em seu doutorado, contribuindo para as descobertas morfológicas apontadas por Rodrigo.

A Boa atlantica recebeu esse nome em referência ao hábitat em que é encontrada: a Mata Atlântica. A floresta é lar de grande diversidade de espécies e enfrenta desafios em decorrência da degradação ambiental, colocando em risco a sobrevivência dessa nova espécie de jiboia.

A pesquisa teve orientação do professor Associado e Curador das Coleções de Répteis do Museu Nacional, Paulo Passos, e da pesquisadora do Butantan, Maria José J. Silva.

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