O titular da Secretaria de Infraestrutura de Juazeiro do Norte, José Maria Pontes, reclamou da falta de posicionamento do Governo do Estado em relação às obras paralisadas na cidade. Em entrevista à rádio O POVO CBN Cariri, o titular da pasta afirmou que a gestão de Elmano de Freitas (PT) não repassou os recursos para finalizar os projetos.

Entre as obras paralisadas estão as reformas do Memorial Padre Cícero e do Hospital Maria Amélia. De acordo com o secretário, iniciada em 2018, os recursos para conclusão da unidade hospitalar estão paralisados há mais de ano.

Segundo com José Maria, a obra do hospital está sendo concluída com recursos fornecidos pelo deputado federal André Figueiredo (PDT), que foi procurado pelo prefeito de Juazeiro, Glêdson Bezerra (Podemos) para auxiliar na construção. “Se Deus quiser, [a obra] ficará concluída nos próximos 30 dias, para a gente poder começar a equipar e mobiliar e promover um equipamento público fundamental para a cidade”, comentou.

Em relação a obra do Memorial Padre Cícero, o secretário afirmou que a obra está “totalmente paralisada”. A estrutura havia passado por um processo de reforma em 2023. Porém, devido a infiltrações na instalação no piso superior, o espaço teve de ser reconstruído.

“Foram encontradas inúmeras inconsistências em relação a essa reforma: vazamento severo que colocava em risco todo o acervo do memorial, que traz todo um lado histórico e emocional da nossa cidade, e situações sérias de instalações [de energia e água]”, detalhou.

Prefeitura de Juazeiro x Governo do Estado

De acordo com José Maria, ao questionar o Governo Estadual sobre os recursos destinados as obras do município, a gestão demorou seis meses para apresentar uma justificativa. A resposta do governo foi de que a pasta estava passando por uma transição.

Outro ponto seria de que a Prefeitura de Juazeiro estaria com débitos. De acordo com o gestor, a Prefeitura apresentou todos os documentos, afirmando que não havia pendências em certidão.

“Temos convênio até com o Governo Federal. Se as certidões estão com pendências, trava tudo, não só os repasses do Governo do Estado”, comentou. “As notificações chegaram em diversos e-mails não oficiais, nunca por meio oficial. A gente levantou tudo e o prefeito levou o tema para o Ministério Público e, a partir daí, começamos a ter informações oficiais dos entes convenientes”, explicou o secretário.

Além das obras do Memorial Padre Cícero e do Hospital Maria Amélia, as obras do Restaurante Popular, do Cemitério São João Batista, do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) João Cabral e Cozinhas Comunitárias foram bloqueadas pela suspensão dos pagamentos do convênio por parte do Governo do Estado.

“Existe garantias constitucionais que os repasses precisarão ser feitos, independente de qualquer coisa, se existe pendência ou se não existe, quem for o gerador da pendência que responda“, concluiu José Maria.