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O filme ‘Ainda Estou Aqui’ foi vencedor de três estatuetas da 12ª edição dos Prêmios Platino del Cine Ibero-americano, no último domingo (27) em Madrid, na Espanha. O longa, que em março recebeu o Oscar de melhor filme internacional, levou as categorias de ‘Melhor Filme Ibero-Americano’, ‘Melhor direção’, para Walter Salles e ‘Melhor atriz’, para Fernanda Torres, que interpretou Eunice Paiva.
A premiação considerou as melhores produções da América Latina, Espanha e Portugal. Por cumprirem outras agendas, Fernanda Torres e Walter Salles não puderam participar do evento. Os prêmios foram recebidos por Valentina Herszage (Vera Paiva) e pelo produtor Rodrigo Teixeira. “Quero dizer que é uma honra imensa receber esse prêmio. Sou fruto da cultura ibero-americana, a península Ibérica é minha segunda casa“, disse parte do discurso de Fernanda lido por Valentina.
Na categoria de ‘Melhor Filme’, o longa brasileiro desbancou ‘El 47’, de Marcel Barrena (Espanha) ‘El Jockey’, de Luis Ortega (Argentina/Espanha/México) ‘Grand Tour’, de Miguel Gomes (Portugal) e ‘A Infiltrada’, de Arantxa Echevarría (Espanha).
Em ‘Melhor direção’, Walter Salles saiu vitorioso contra Arantxa Echevarría, por ‘A Infiltrada’, Luis Ortega, por ‘El Jockey’ e Pedro Almodóvar, por ‘O Quarto ao Lado’.
Já Fernanda Torres, que levou a estatueta de ‘Melhor atriz’, competiu com Carolina Yuste, por ‘A Infiltrada’, Sol Carballo, por ‘Memórias de um Corpo Ardente’ e Úrsula Corberó, por ‘El Jockey’.

Valentina Herszage, que interpretou Vera Paiva, recebe Prêmios Platino. Foto: Canal Brasil
O longa-metragem é baseado no livro Ainda Estou Aqui, de Marcelo Rubens Paiva, que narra a história de sua mãe, Eunice Paiva, uma mulher que, junto à sua família, enfrentou a violência da ditadura militar após a prisão e desaparecimento do ex-deputado federal Rubens Paiva, na década de 70. “Através de Eunice Paiva revisitei o horror da ditadura que conheci em criança. Essa grande brasileira, advogada, democrata e defensora dos direitos humanos nos ensina, no momento presente, a resistir com alegria e civilidade, sem nos dobrarmos ao autoritarismo“, concluiu em discurso.