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Ex-pilotos comentam em entrevista à Betway sobre lados positivos da Superlicença na Fórmula 1
Agência Miséria
Foto: Spencer Davis/Unsplash

Disputar uma temporada na Fórmula 1 é o principal objetivo na carreira de vários pilotos. Entretanto, chegar até lá não é uma tarefa simples, seja pela questão financeira ou então pelas regras mais rígidas da Superlicença. Essa carteira especial é necessária para o profissional que deseja correr na F1, algo que gera polêmica, mas é defendida pelos ex-pilotos Luciano Burti e Felipe Giaffone. Em entrevista recente, os dois brasileiros explicam os principais benefícios dessa regra tão restrita.

Antigo piloto da Jaguar e da Prost, Luciano Burti conversou sobre a Superlicença com alguns jornalistas da Betway, site de apostas online. Ele explicou que o principal objetivo dessa carteira é evitar que pilotos sem experiência disputem as etapas, e coloquem em risco a vida de todo mundo na pista. Isso é algo que tem realmente acontecido, principalmente com as mudanças nas regras que aconteceram desde 1984 até atualmente. Em 2015, por exemplo, foi definida uma idade mínima de 18 anos. Uma resposta às críticas sobre a estreia prematura de Max Verstappen nas pistas.

Luciano Burti também afirma que a Superlicença impede que alguns aventureiros tenham hipótese de correr na F1. Ele conta que antigamente era comum chegar um milionário desconhecido querendo pagar para correr alguma etapa. O ex-piloto acredita que, por conta da carteira especial, isso é quase impossível. Um profissional pode até conseguir mais espaço com dinheiro, mas é preciso também experiência nas categorias inferiores para estrear na F1.

Isso acontece porque uma das regras da Superlicença envolve a pontuação fornecida por campeonatos menores, como a Fórmula 2 e a Indy. Por exemplo, o campeão dessas duas categorias recebe os 40 pontos necessários para emitir a carteira especial. Enquanto isso, o vice-campeão nesses torneios recebem apenas 30 pontos, e precisam buscar outros 10 para sonhar com uma oportunidade na F1. Isso garante que apenas pilotos mais preparados alcancem um lugar no grid.

Maturidade para os pilotos

Antigo piloto da Indy, e atualmente comentarista na Band, Felipe Giaffone também defendeu a importância da Superlicença na Fórmula 1. Durante a conversa com o blog Betway Insider, o brasileiro de 46 anos explicou que a carteira força os profissionais a amadurecerem nas categorias menores, e evitam erros graves durante as corridas com os maiores motores. Ele explica que um bom piloto consegue subir rapidamente, mas que é preciso ter calma para não pular algumas etapas.

A Superlicença feita pela FIA consegue fazer exatamente isso, pois as regras foram construídas para exigir mais tempo na pista em carros menores. Além disso, também foi feito um grande esforço para melhorar as competições menores, como a Fórmula 2 e os torneios de F3 pelo mundo. No Brasil, por exemplo, em 2022 vamos ter, de forma inédita, uma temporada de Fórmula 4 totalmente nacional. Será a oportunidade para jovens pilotos brasileiros buscarem espaço nesse universo.

Giaffone acredita que todas essas competições menores conseguiram um grande crescimento nos últimos anos, e ficaram bem profissionais. Desde a F2 até a F4, é possível ver muitos pilotos aprendendo bastante enquanto disputam a competição. O ex-piloto da Mo Nunn Racing na Indy defende que essa subida mais devagar é um processo normal, e que a Superlicença conseguiu ajudar neste sentido.

Regras poderiam barrar ex-campeões

O mais curioso dessa carteira especial é que ela poderia impedir o surgimento de grandes campeões mundiais, inclusive de um ídolo brasileiro. A exigência de pontuação, por exemplo, impediria que Kimi Raikkonen, Jenson Button e até mesmo Ayrton Senna corressem na Fórmula 1. É claro que esse pensamento não faz sentido, pois as regras eram diferentes na época, mas isso mostra uma maior precaução da FIA com toda a categoria.

Muitos pilotos, como foi o caso de Senna, chegaram na F1 sem muita experiência em categorias menores. Porém, naquela época, a F2 e a F3 eram torneios quase sem importância. Nos últimos anos, principalmente após a entrada da Liberty Media, a F1 ficou mais profissional nesses aspectos.

Luciano Burti e Felipe Giaffone são pilotos de outra geração, e mesmo assim aprovaram as mudanças que estão acontecendo na Fórmula 1. A Superlicença sempre foi um tema polêmico no automobilismo, mas parece caminhar para um futuro correto e eficiente. Os dois brasileiros concordam que a regra dá mais segurança para todos os envolvidos, sejam os mais experientes ou os jovens em busca de espaço na F1.

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