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FCF recorrerá à punição pedindo exclusão do Sport da Copa do Nordeste
A Federação também solicita o aumento da punição, com possibilidade dos jogos serem realizados fora de Pernambuco
Cícero Dantas
Foto: Reprodução/Fortaleza

Após o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) punir o Sport, nesta terça-feira (12), com oito jogos de portões fechados e multa de R$ 80 mil no julgamento do caso do atentado à delegação do Fortaleza, a Federação Cearense de Futebol (FCF) informou, em nota oficial, que irá recorrer pedindo a pena de exclusão do Rubro-Negro da Copa do Nordeste.

A equipe jurídica da entidade recorrerá sobre a decisão a partir do cumprimento do artigo 213 do Código Brasileiro De Justiça Desportiva, que determina que o clube mandante tenha responsabilidade com a segurança do time visitante, incluindo o trajeto de chegada e saída da delegação.

A FCF solicita o aumento da punição do Sport com a possibilidade dos jogos serem realizados fora do estado de Pernambuco pela falta de segurança, juntamente com o pedido da exclusão da equipe da Copa do Nordeste, conforme pedido da Procuradoria do STJD.

A Federação Cearense de Futebol informa que vai recorrer pedindo a pena de exclusão do clube pelo artigo 205, assim como a pena máxima do artigo 213. Parabeniza a atuação corajosa do Tribunal por ter enfrentado o assunto e entender que a Lei Geral do Esporte determina que o clube mandante tem responsabilidade com a segurança do clube visitante, do trajeto de chegada a saída do clube da cidade, criando um precedente importante que segue o entendimento da Conmebol e da FIFA”, declarou a FCF em nota oficial.

No julgamento promovido pelo STJD, apenas um membro da comissão disciplinar considerou a exclusão do Sport da Copa do Nordeste. Washington Oliveira utilizou o artigo 213, citado pela FCF, como base para embasar seu argumento pela expulsão do time pernambucano.

Sport promete recorrer 

O Sport também emitiu nota após a punição imposta pelo STJD. Na nota, o clube tratou a decisão como “descabida e injusta” e avisou que irá recorrer na justiça por meio de sua vice-presidência jurídica. 

De acordo com o clube, não punir os verdadeiros responsáveis, e sim os clubes, é “um caminho desleixado para um problema tão sério”. O Rubro-Negro entende o problema como social e não desportivo.

Punir uma instituição que não tem nenhuma relação com a torcida organizada, que cumpriu com todas as orientações de segurança e que não tem nenhum poder de Estado para coibir bandidos pela cidade não é fazer justiça. É querer mostrar serviço sem atentar para o verdadeiro problema. A punição, além de não resolver, acoberta e tira o foco e a pressão de se investigar os culpados e as organizações criminosas por trás dos atos. Estamos vivendo um problema social e não desportivo. Uma crise de segurança pública, de norte a sul, rodada após rodada”, declarou o clube.

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