O embate entre o Icasa e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) teve mais um capítulo encerrado nesta segunda-feira (17). A CBF entrou com um agravo de instrumento junto ao Superior Tribunal de Justiça, contestando decisões anteriores favoráveis ao Verdão do Cariri. No entendimento da CBF, todo o processo do Icasa teria sido protocolado em uma vara errada, alegando que existe uma vara especializada para tratar de casos envolvendo a CBF. Dessa forma, a entidade buscava anular as decisões anteriores.

Cinco ministros do Superior Tribunal de Justiça participaram da votação. O relator, Humberto Martins, votou contra o agravo da CBF. Os ministros Ricardo Villas Boas Cueva e Moura Ribeiro acompanharam o voto do relator. O mesmo aconteceu com os votos das ministras Nancy Andrighi e Daniela Teixeira, totalizando 5 votos a 0 favoráveis ao Icasa.

A partir de agora, a expectativa é que o valor milionário que foi desbloqueado seja novamente bloqueado, de forma favorável ao Icasa. O processo aguarda agora o trânsito em julgado para poder seguir para a fase de execução.

Entenda o caso

Em 2013, o Icasa ficou em 5º lugar na Série B do Campeonato Brasileiro. O Verdão do Cariri acionou a justiça desportiva alegando que o Figueirense-SC teria utilizado um jogador de forma irregular. O fato foi confirmado pela CBF, mas na época, a entidade alegou que o clube cearense teria perdido o prazo para protestar. Dessa forma, o Figueirense, 4º colocado da Série B do Brasileiro de 2013, não foi punido, jogou a Série A do Brasileiro e o Icasa permaneceu na Série B. Alegando prejuízos financeiros e morais, o Verdão do Cariri acionou a justiça para reparo financeiro, pedindo uma indenização milionária. Até o momento, o Icasa vem tendo vitórias na justiça, mas a demora na conclusão do processo está prejudicando o clube, que vive uma crise financeira e enfrenta inúmeras causas trabalhistas.

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