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Times da Premier League podem sofrer sanções por patrocínio de casas de apostas ilegais
Agência Miséria
Foto: jorono/Pixabay

O universo do iGaming, que inclui as apostas esportivas e os cassinos online, está em ascensão em diversos países do mundo. No entanto, ao mesmo tempo em que há plataformas regularizadas, há outras que operam de maneira ilegal. E três clubes da Premier League estão no centro de uma polêmica justamente por este motivo.

Todo o imbróglio teve início quando uma investigação apontou irregularidades na Stake, uma casa de apostas que patrocina o tradicional Everton. O estopim foi um vídeo divulgado por uma atriz pornô que contava com a logo da plataforma.

O operador, portanto, foi acusado de usar conteúdo sexual para promover o mercado de apostas. Mas além da plataforma, a Kaiyun e a BC Game, que patrocinam o Nottingham Forest e o Leicester, também vão perder suas licenças – por outros motivos.

Dessa forma, as três plataformas deixarão de operar no mercado inglês. Os clubes, é claro, já foram notificados e não mais poderão continuar promovendo essas empresas em seus uniformes e outras mídias.

De acordo com a Comissão de Jogos de Azar, os clubes que promovem plataformas de apostas não licenciadas estão sujeitos a sanções severas, que podem ir desde multas até a prisão de responsáveis.

Inglaterra adotará restrições

A partir da temporada 2026-27, os clubes ingleses terão algumas restrições para divulgar plataformas de apostas. Um acordo envolvendo os participantes da Premier League estipulou que eles não mais poderão estampar casas de apostas na parte da frente do uniforme.

Isso, porém, não impede que os times fechem acordos de patrocínio com empresas do setor. Eles ainda podem divulgar as marcas de outras maneiras, inclusive em partes do uniforme, como as mangas das camisas.

A decisão coletiva foi tomada em 2023, mas o prazo para implementação das medidas foi esticado para 2026 justamente para que os clubes tenham tempo de fazer a transição e não saiam prejudicados.

Dos 20 clubes que participam da liga inglesa, 11 são patrocinados por casas de apostas, o que mostra a importância do segmento para o futebol profissional naquele país.

O número é expressivo, mas não se compara ao do mercado brasileiro, em que, na temporada passada, 80% dos clubes da Série A tinham algum tipo de parceria com as ‘bets’.

Corinthians também esteve ameaçado

No início de 2025, o Corinthians viveu uma situação semelhante à dos três clubes ingleses.
Isso porque o time paulistano chegou a correr o risco de ter de rescindir o contrato com sua patrocinadora master, a Esportes da Sorte, que não havia sido autorizada a operar no país.

Entretanto, pouco depois a plataforma conseguiu regularizar sua situação, e o Corinthians – e outros clubes – puderam manter o patrocínio.

O setor das apostas esportivas tem crescido enormemente mundo afora e, por isso, a preocupação com a lisura do segmento e das empresas envolvidas só tem crescido.

Brasil passa por regulamentação

Recentemente, aliás, o setor passou por uma regulamentação, em que as empresas tiveram de cumprir uma série de exigências para operar no país. A lista incluía, entre outras obrigações, o pagamento de uma outorga estipulada em nada menos que R$ 30 milhões.

Dessa forma, o segmento ficou muito mais seguro – e não à toa continua crescendo em ritmo acelerado. Com a regulamentação, afinal, os apostadores ficam resguardados sabendo que têm a lei para protegê-los de eventuais irregularidades.

E as empresas também exercem suas atividades com mais tranquilidade, já que passam a ter segurança jurídica para operar. Antes, quando o mercado ainda estava completamente livre, havia sempre o risco de que ele pudesse ser proibido, prejudicando a operação de centenas de plataformas no país.

De todo modo, tanto no Brasil quanto na Inglaterra a preocupação com a lisura do segmento é constante. O mercado movimenta bilhões de dólares e é preciso que todos os envolvidos tenham segurança para desenvolver suas atividades.

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