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Forças Armadas autorizadas a combater garimpo na Terra Yanomami
Militares atuarão na segunda fase da Operação Catrimani, que se estenderá até 31 de dezembro
Cícero Dantas
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O Ministério da Defesa regulamentou a atuação das Forças Armadas na Terra Indígena Yanomami para a segunda fase da Operação Catrimani, que se estenderá até 31 de dezembro deste ano. De acordo com a diretriz, publicada nesta segunda-feira (8), no Diário Oficial da União, os militares atuarão no combate ao garimpo ilegal.

Na primeira etapa da operação, uma ação de caráter humanitário e emergencial reuniu esforços para transporte e a distribuição de cestas de alimentos. Desde janeiro de 2023 foram entregues 36,6 mil cestas de alimentos, além de terem sido realizados 3.029 atendimentos médicos e 205 evacuações aeromédicas, segundo dados divulgados pelo Ministério da Defesa. 

Nesta segunda fase, as Forças Armadas concentrarão esforços para interromper o fluxo logístico das atividades de apoio e inutilizar a infraestrutura de suporte ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami. Para prestar apoio aos militares, será estabelecido um posto de comando na cidade de Boa Vista, em Roraima.

Terra Indígena Yanomami

A reserva dos Yanomami é a maior do país e ocupa uma área de mais de nove milhões de hectares nos estados de Roraima e Amazonas, onde vivem mais de 27,1 mil indígenas, de acordo com o Censo de 2022, distribuídos em nove aldeias.

O garimpo ilegal tem causado sérios problemas de saúde aos indígenas, em decorrência da contaminação por mercúrio. A situação causada pela atividade criminosa levou o governo federal a decretar emergência em saúde pública em janeiro de 2023 e iniciar uma força-tarefa para desintrusão do território Yanomami. 

Apesar do garimpo ilegal ter desacelerado na região, a persistência da atividade criminosa ainda causa impacto na vida dos indígenas.

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