Foto: Cristiane Mattos
De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta terça-feira (25), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do país, apresentou uma deflação de 0,07% em julho. A pesquisa diz que a redução da conta de energia elétrica residencial (-3,45%) foi a maior responsável por esse resultado, após a incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas de julho. Em relação à taxa do mês passado, houve queda de 0,11 ponto percentual. Essa é a primeira deflação em 10 meses.
Além da conta de luz residencial, a deflação teve influencia do setor de alimentação. “Entre os grupos analisados pela pesquisa, a outra maior influência sobre o índice geral veio de Alimentação e bebidas (-0,40%), cujo resultado é relacionado à deflação de alimentação no domicílio (-0,72%). Entre os alimentos com preços em queda, destacam-se o feijão-carioca (-10,20%), o óleo de soja (-6,14%), o leite longa vida (-2,50%) e as carnes (-2,42%). Por outro lado, a batata-inglesa (10,25%) e o alho (3,74%) ficaram mais caros neste mês”, diz o IBGE.
A queda nos preços do botijão de gás (-2,10%) também impactou na retração do grupo habitação (-0,94%), um dos que mais influenciaram o índice geral. No entanto, a taxa de água de esgoto (0,20%) está entre os itens que subiram.
Ainda de acordo com a pesquisa, com o aumento do lanche (0,34% em junho para 1,02% em julho), a alimentação fora de casa (0,46%) cresceu em relação ao mês anterior (0,29%). Porém, a refeição (0,17%), diminuiu na mesma comparação (0,28%).
O grupo de Transportes (0,63%) ficou responsável entre as altas, visto o aumento nos preços da gasolina (2,99%), que teve maior a influencia positiva (0,14 p.p.) entre os subitens pesquisados. O gás veicular também subiu (0,06%), enquanto o óleo diesel (-3,48%) e etanol (-0,70%) desaceleraram. No total, os combustíveis tiveram alta de 2,28% em julho.
Já nas passagens aéreas, houve alta de 4,70%, que já havia subido 10,70% em junho. Entre as quedas na categoria de Transportes, estão o automóvel novo (-2,34%) e o automóvel usado (-1,05%), além do ônibus urbano (-0,72%).

