Os países mais afetados depois da China são Coreia do Sul, Itália, Irã e Japão AFP
O número de pessoas infectadas pelo COVID-19 no mundo inteiro chegou a 90.914, das quais 3.116 faleceram, em 76 países e territórios. A atualização é resultado de balanço feito pela AFP às 9h GMT (6h de Brasília) de terça-feira (3), com base em fontes oficiais. Desde às 17h GMT (14h de Brasília) de segunda-feira (2) foram diagnosticados 763 novos casos.
A China (sem os territórios de Hong Kong e Macau) – onde a doença surgiu, no fim de dezembro – registra 80.151 casos, com 2.943 mortes. Entre 17h GMT de segunda-feira e a manhã desta terça-feira, o país teve 125 novos casos e 31 óbitos.
No restante do mundo foram registrados 10.763 casos de pessoas infectadas, com 172 mortes. Entre a tarde de segunda-feira e a manhã de terça, foram 638 novos contágios.
Os países mais afetados depois da China são Coreia do Sul (4.812 casos, 477 novos e 28 mortes), Itália (2.036 casos, nenhum novo e 52 mortes), Irã (1.501 casos, nenhum novo e 66 mortes) e Japão (268 casos, 14 novos e 12 mortes). O Japão também registrou mais 700 casos a bordo do cruzeiro ‘Diamond Princess’, atracado em Yokohama.
Desde segunda-feira, China continental, Coreia do Sul, Estados Unidos e França registraram novos óbitos. Marrocos e Letônia anunciaram os primeiros casos da doença. O balanço da AFP utiliza dados divulgados pelas autoridades nacionais e informações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Confira, a seguir, os últimos acontecimentos ligados ao coronavírus:
Recontaminação?
Com oito casos de coronavírus registrados em pessoas que estiveram de passagem pela Itália, cresce o medo na China de recontaminação do país onde a epidemia começou.
Estudo publicado na revista científica estadunidense Jama (Journal of the American Medical Association) mostrou que exames de profissionais de saúde chineses deram positivo para infecção de coronavírus, mesmo após terem recebido alta e ficarem sem contato com pessoas com problemas respirátorios em um período de cinco dias. A descoberta sugere que o vírus permanece por mais tempo no organismo do que se imaginava.
Tratamento “até o verão”
Um tratamento médico para o novo coronavírus pode estar disponível “até o verão ou início do outono” (hemisfério norte), de acordo com o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence.
Impacto econômico
Na China, as fábricas da gigante taiwanesa Foxconn, principal fornecedora da Apple, operam apenas com 50% de sua capacidade de produção habitual devido à epidemia.
Na Itália, a Bolsa de Valores de Milão registrou uma boa recuperação nesta manhã, após várias sessões de queda.
Na França, a Feira Mundial do Turismo de Paris, que deveria receber mais de 100.000 pessoas de 12 a 15 de março, foi cancelada.
Punho-punho
O Comitê Olímpico Internacional (COI) se prepara “para o sucesso dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020”, disse o presidente do órgão nesta terça-feira, apesar das preocupações com o coronavírus.
Nos Estados Unidos, a NBA enviou uma nota para suas franquias: os jogadores de basquete devem cumprimentar os fãs com punho-punho em vez do “high five” (tapa com a palma da mão).
Na Alemanha, o clube RB Leipzig pediu desculpas na segunda-feira depois que seus guardas expulsaram, no domingo (1º), espectadores japoneses.
Sem aperto de mão
Os negociadores europeus e britânicos, reunidos nesta terça-feira para um segundo dia de negociações sobre as relações pós-Brexit entre a UE e o Reino Unido, concordaram em evitar apertar as mãos.
Papa sem coronavírus
O papa Francisco, que cancelou um retiro por um “resfriado” que o fez tossir, foi testado negativo para o novo coronavírus, segundo o jornal italiano Messagero.
Mozart
Para o violinista e maestro russo Vladimir Spivakov, Mozart ou a ópera italiana podem ajudar a tratar a doença, porque “se Mozart ajuda vacas, certamente ajudará os homens”.
Diário do Nordeste

