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4 em cada 10 brasileiros dizem que o governo Bolsonaro mais incentiva do que combate ilegalidades na Amazônia
Os entrevistados foram perguntados sobre desmatamento, a invasão de terras indígenas, a ação de caçadores e pescadores irregulares e o garimpo clandestino
Yanne Vieira
Agente do Instituto Chico Mendes passa por árvores queimadas na Amazônia. (Foto: Reprodução)

Uma pesquisa divulgada pelo Datafolha, neste domingo (26), apontou que entre 39% e 43% da população brasileira acredita que o presidente da república, Jair Bolsonaro (PL), mais incentiva do que combate crimes na Amazônia, como o desmatamento, a invasão de terras indígenas, a ação de caçadores e pescadores irregulares e o garimpo clandestino. O número representa 4 em cada 10 brasileiros.

Já entre 31% a 35% dos entrevistados avaliam o oposto, que o governo não incentiva os crimes na região. O índice representa 3 em cada 10. Os neutros, que afirmam que Bolsonaro não fomenta nem reprime os crimes, oscila entre 8% e 10%, e os que não sabem opinar sobre os tópicos correspondem a algo entre 13% e 18%.

A parcela de brasileiros que isentam Bolsonaro da responsabilidade sobre os crimes contra a Amazônia e povos indígenas é maior entre os que declaram voto nele e avaliam sua gestão como positiva. 65% dos seus eleitores acham que ele mais combate do que incentiva as ilegalidades na região amazônica.

Sobre o desmatamento da Amazônia, 43% disseram que Bolsonaro mais incentiva do que combate o crime; 35% disseram o oposto, 9% não combate nem incentiva e 13% não sabem.

Sobre o garimpo ilegal, 40% acreditam que o presidente estimula mais do que combate a ilegalidade. 33% disseram o contrário, 9% neutros e 17% não souberam responder.

Em relação a ação de caçadores e pescadores ilegais na Amazônia, 43% acredita que mais incentiva do que combate, 31% mais combate do que incentiva, 8% não combate nem incentiva 18% não sabem.

A invasão de terras indígenas, 39% acreditam que mais incentiva do que combate, 35% mais combate do que incentiva, 10% não combate nem incentiva: e 16% não sabem.

Na mesma pesquisa, 49% dos entrevistados dizem que Bolsonaro fez “menos do que poderia” ter feito para investigar as mortes do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, na região do Vale do Javari, Amazonas.

Já para 27% dos entrevistados, o governo “fez tudo o que poderia” para ajudar a esclarecer o caso, 6% dizem que a administração Bolsonaro “fez o que poderia” (nem a mais nem a menos) e 18% declaram “não saber opinar” sobre a questão.

A pesquisa foi feita nesta quarta (22) e quinta-feira (23). O Datafolha ouviu 2.556 pessoas acima dos 16 anos em 181 cidades. A margem de erro da pesquisa, contratada pela Folha e registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número 09088/2022, é de dois pontos percentuais para mais ou menos.

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