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Cid Gomes e seu grupo político devem deixar o PDT
O senador antecipou a reunião de seu grupo de aliados para a manhã desta quarta-feira (8). PSB e Podemos podem ser o destino do ex-governador do Ceará.
Paulo Junior
Foto: Divulgação/PDT

O senador Cid Gomes antecipou para esta quarta-feira (8) a reunião do diretório cearense do PDT. O encontro estava inicialmente marcado para esta quinta-feira (9). Porém, diante das articulações feitas pela executiva nacional da sigla, que age para acelerar o processo de intervenção aprovado em 27 de outubro para o PDT Ceará, o político optou por adiantar a reunião com seu grupo de aliados. O encontro ainda está ocorrendo, e está sendo realizado na sede do PDT em Fortaleza.

Antes de adentrar para reunião, o senador declarou ao Portal Diário do Nordeste que qualquer decisão sobre desfiliação partidária seria tomada de modo coletivo, levando em consideração aquilo que é desejo do conjunto de lideranças que deseja que ele esteja presidindo o PDT Ceará. Nessa linha, aponta-se que os primeiros encaminhamentos da reunião dão conta que o senador e seu grupo políticos de fato deixarão o partido. O anuncio oficial deve ser feito ainda nesta quarta-feira, antes da reunião da executiva nacional do PDT, que está agendada para às 18h.

Indica-se que os caminhos mais prováveis para o conjunto de aliados do irmão de Ciro Gomes é o PSB, hoje estadualmente comandado por Eudoro Santana – pai de Camilo Santana – ou o Podemos, agremiação da qual Cid é bastante próximo, e que é presidida no Ceará por Bismark Maia, aliado do senador.

Lembra-se que o PDT no estado está em crise desde as eleições de 2022, quando Cid Gomes adotou postura contrária às decisões da cúpula partidária, que aprovou o nome de Roberto Cláudio (PDT) para disputa pelo Palácio da Abolição. Cid Gomes defendia que a candidata fosse a então governadora Izolda Cela (sem partido). Após as eleições, e com a vitória de Elmano de Freitas (PT), surge nova divergência, o grupo liderado por Ciro Gomes e André Figueiredo defendem que o partido seja oposição, enquanto um grupo largo da sigla deseja se firmar como situação, apoiando a gestão do petista.

Salienta-se que neste espectro ainda consta uma carta de anuência dada por Cid Gomes ao deputado estadual, e presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), Evandro Leitão. O senador concedeu o direito de Leitão deixar o PDT sem perda de mandato no momento em que gerenciava os rumos da agremiação no estado. Lembra-se que a chegada de Cid ao posto de presidente do partido se deu em um acordo direto entre ele o presidente interino do PDT nacional, André Figueiredo.

A anuência conferida por Cid foi motivo para Figueiredo destituí-lo do comando partidário, aprofundando a crise da legenda em solo cearense. Depois disso o partido já viu o diretório ser dissolvido duas vezes, e uma nova intervenção está em curso.

A saída de Cid Gomes e de seu grupo atinge amplamente o partido, já que se todos o acompanharem a legnda perderá ao menos 50 prefeitos nos próximos dias, além de abrir espaço para ao menos 10 deputados estaduais tentarem deixar a sigla.

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