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Enquanto vereadora tenta proibir, vereador quer tornar corrida de jumento patrimônio cultural em Juazeiro do Norte
Na Casa, dois projetos em sentidos opostos tramitam simultaneamente: um que propõe proibir o evento e outro que pretende torná-lo patrimônio imaterial do município.
Rogério Brito
jumento corrida
Tradicional corrida de jumentos do Sítio Amaro Coelho Foto: Reprodução

A Câmara Municipal de Juazeiro do Norte voltou a discutir, neste fim de ano, a realização da tradicional Corrida de Jumentos do Sítio Amaro Coelho. Na Casa, dois projetos em sentidos opostos tramitam simultaneamente: um que propõe proibir o evento e outro que pretende torná-lo patrimônio imaterial do município.

O projeto mais recente é do vereador Chagas Moura (PSD), apresentado no último dia 1º de dezembro. A proposta declara o evento como Patrimônio Imaterial, Cultural e Artístico de Juazeiro do Norte. O texto inclui a corrida no calendário cultural da cidade e autoriza o Executivo a apoiar ações de preservação, manutenção e fortalecimento da atividade.

Na justificativa, Chagas afirma que o evento é uma manifestação que integra a cultura rural do município. Segundo ele, o reconhecimento como patrimônio garantiria proteção institucional e a continuidade da prática. “É uma manifestação tradicional que celebra a cultura popular e o modo de vida rural, reunindo moradores, visitantes e promovendo lazer”, destaca.

Em sentido oposto, tramita desde maio o projeto da vereadora Jacqueline Gouveia (MDB), que tenta pela terceira vez proibir corridas de jumentos em Juazeiro do Norte. A parlamentar já apresentou matérias semelhantes em 2022 e 2023, ambas rejeitadas pelo plenário – uma delas por 8 votos a 3. Ela argumenta que as corridas expõem os animais a maus-tratos e risco de morte.

Jacqueline tenta impedir, inclusive, a realização da corrida do Sítio Amaro Coelho, que ocorre anualmente em julho. Em maio deste ano, ela pediu celeridade na análise da matéria e disse enfrentar resistência interna. “Eu sei que vão derrubar, mas eu quero que pelo menos o projeto seja votado antes que aconteça o evento”, disse à época.

Ambas as propostas seguem em tramitação e ainda não há data definida para votação no plenário da Câmara Municipal.

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