Nesta segunda-feira (31), o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi convidado para participar da Cúpula das Nações Unidas para o Clima (COP27), que ocorre neste mês de novembro no Egito. O convite foi realizado pelos próprios anfitriões do evento, gerando o afastamento do atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), como interlocutor do país.

O encontro, que acontece anualmente, reúne centenas de líderes mundiais para negociar e acordar planos para combater as alterações do clima.

O comunicado foi feito pelo presidente do Egito, Abdel Fattah El Sisi. Na ocasião, ele parabenizou Lula pela vitória e disse que quer cooperar com o novo chefe de estado brasileiro, revelando que convidou o presidente eleito para a COP27.

No Twitter, o governador do Pará, Helder Barbalho, afirmou que o Consórcio Amazônia Legal também convidou Lula para integrar a sua comitiva na COP27. “Estamos trabalhando muito pela regulamentação da economia de baixo carbono e Lula seria um reforço fundamental nesta luta para conjugar desenvolvimento econômico com sustentabilidade”, escreveu.

A delegação oficial do Brasil, indicada pelo atual presidente, ainda deve ser enviada ao evento, o que pode inflamar ainda mais o constrangimento de Jair Bolsonaro na comunidade internacional, que relembra a ausência do líder na Cúpula do Clima de 2021.

Outros impactos 

Após a vitória do Lula, a Noruega anunciou que vai retomar seu investimento em um fundo para a proteção da Amazônia. Os subsídios haviam sido suspensos em 2019, durante a gestão de Jair Bolsonaro.

Durante o governo do líder de extrema-direita, o desmatamento na Amazônia brasileira aumentou 70%. De acordo com o ministro do meio ambiente da Noruega, Espen Barth Eide, 5 bilhões de coroas norueguesas (482 milhões de dólares) aguardam para serem utilizados no fundo de preservação da floresta amazônica.