Os desdobramentos da Operação Tempus Veritatis seguem sendo publicizados pela Polícia Federal. Agora, sabe-se que dois generais militares cearenses foram alvos de mandados de busca e apreensão. Tratam-se que Estevam Theophilo, irmão do General Theophilo – candidato a governador do Ceará em 2018 -, e o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira.

Destaca-se que Nogueira esteve à frente do Ministério da Defesa entre os meses de abril e dezembro de 2022. Os militares do Ceará foram alvos na operação deflagrada nesta quinta-feira (8) e que investiga um possível esquema de abolição do Estado Democrático de Direito. O esquema envolveria políticos e militares.

Explica-se que o mandado que autorizou as buscas e apreensões foi assinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O magistrado também determinou que os militares, assim como todos os outros investigados, não mantenham contatos entre si, nem mesmo por intermédio de advogados. Estevam Theophilo, de modo específico, foi afastado do cargo que ocupava nas Forças Aramadas nacionais.

Em informações divulgadas pela PF, o ex-ministro teria participado junto com o ex-presidente Jair Bolsonaro e o então ajudante de ordens, Mauro Cid, de uma série de reuniões após o segundo turno das eleições 2022. Naquele período eles estariam discutindo uma minuta de golpe. Paulo Sérgio Nogueira também teria manipulado relatórios para produzir falsos indícios de violabilidade das urnas eletrônicas.

Por sua vez, Estevam Theophilo teria papel de incentivar outros militares a aderir a ideia de intervenção, também cabia a ele conduzir algumas ações que tornassem o golpe viável, além de assegurar que o atos praticados no transcurso dessas ações não contariam com nenhum tipo de responsabilização.