O ex-governador Ciro Gomes (PDT) esteve no Cariri durante o último final de semana. Gomes participou de duas convenções partidárias na região. A primeira foi a de Aloísio Brasil (União Brasil), em Crato; já a segunda ocorreu em Juazeiro do Norte, quando o Podemos homologou a tentativa de reeleição de Glêdson Bezerra. Durante sua passagem, Ciro reafirmou uma série de críticas ao ministro Camilo Santana (PT), dizendo que ele tenta construir uma “ditadura” no Ceará.

Em entrevista concedida à imprensa do Cariri, Ciro também voltou a dizer que existe na estrutura do estado uma “corrupção generalizada”. Lembra-se que em outros momentos o ex-ministro declarou que “não se faz uma obra no Ceará sem o pagamento de propina”. 

No que tange diretamente os caminhos políticos na região, Ciro foi questionado pelo repórter Toni Sousa acerca de sua posição em Crato, cidade em que o PDT está endossando a pré-candidatura de André Barreto (PT). Nessa linha, Gomes justificou seu apoio à Aloísio Brasil sob alegação de traição. Segundo ele, havia promessa de que o vereador Dudé Moraes (PDT) fosse vice na chapa encabeçada pelo petista, o que não mais ocorrerá, de acordo com Ciro. Diante disso, o ex-governador afirmou ter dialogado com o partido e obtido liberação para agir como vem fazendo.

“Nosso compromisso com o PDT vem muito depois do nosso compromisso com o Crato. O PDT foi enganado, o Zé Ailton foi enganado, só que essa gente não reage; e eu reajo. O Dr. Dudé [es]tava prometido ser o vice, nas tratativas de gabinete deram um chute nele, humilharam esse grande companheiro, e aí então o André [Figueiredo] me liberou”, declarou Ciro Gomes.

Ciro Gomes também comentou a indicação de André Barreto no grupo situacionista. Nessa linha, indica-se que Ciro classificou André como despreparado. “O Camilo humilhou o Zé Ailton e lançou o mais despreparado”, afirmou Gomes.