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Estado sugere atualização da Previdência elevando idade mínima e taxando aposentadorias
As mudanças, segundo Flávio Ataliba, secretário executivo de planejamento e orçamento do Ceará
Redação
Texto da PEC da atualização da Previdência estudal foi enviado à Assembleia Legislativa nesta terça-feira (10). - Foto: José Leomar

Os servidores poderão ter de trabalhar mais para se aposentar a partir do próximo ano. Nesta terça-feira (10), o Governo do Estado enviou à Assembleia Legislativa uma proposta de ajuste ao modelo previdenciário estadual. Uma das principais mudanças é a elevação da idade mínima para aposentadoria, que passa a ser 65 anos para homens e 62 anos para mulheres. A informação havia sido antecipada pelo Sistema Verdes Mares.

Atualmente a idade mínima para aposentadoria é de 55 anos para homens e 52 para mulheres. Contudo, agentes penitenciários não deverão ser incluídos na mudança.

O novo modelo também propõe a taxação de aposentarias e pensões superiores a dois salários mínimos, e reduz o valor das pensões por óbito dos servidores.

A atualização da Previdência estadual será feito através de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) e uma Lei Complementar, que deverão ser votadas até o fim deste ano. A medida passaria a valer a partir da aprovação.

As mudanças, segundo Flávio Ataliba, secretário executivo de planejamento e orçamento do Ceará, foram propostas para que o Estado se ajuste a uma demanda do Governo Federal. Segundo ele, entes federativos que não se ajustarem até o dia 31 de julho ficarão impossibilitados de de assinar convênios, conseguir financiamentos e empréstimos internacionais, e receber transferências da União.

Outro ponto de destaque é que o valor da aposentadoria dos servidores será definido, caso o modelo seja aprovado, pela média aritmética dos 90% dos maiores salários durante a carreira. O sistema federal prevê o cálculo a partir da média de 100% dos salários.

Já o valor da pensão por morte deverá ser reduzido de 100% do salário para 60% do total. Contudo, o Estado estabelece a possibilidade de acréscimo de 2% do valor a cada ano trabalhado após 18 anos de serviço. A reforma da Previdência federal prevê o acréscimo após 20 anos.

Outro destaque é que, a partir da aprovação da PEC, aposentados e pensionistas que receberem acima de dois salários mínimos passarão a contribuir com o sistema previdenciário. A taxação deverá ficar no mesmo patamar da contribuição atual dos servidores.

Sobre os modelos de transição, Ataliba defendeu que o Estado terá programas mais amenos aos servidores. O pedágio do tempo restante para se aposentar, por exemplo, será igual a 85% dos anos de contribuição que faltariam para quem estiver perto de se aposentar.

No modelo federal, o pedágio para aposentadoria é de 100% dos anos que restam para os servidores.

“Estamos nos preocupando com a situação previdenciária para continuarmos os investimentos estaduais. É a nossa preocupação anteciparmos esse problema futuro e isso precisa feito com muita responsabilidade. E por isso encaminhamos ao Legislativo, algumas sugestões de alteração de parâmetros baseados no que foi aprovado pela União”, disse Ataliba.

Diário do Nordeste

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