O ex-prefeito de Barbalha, Argemiro Sampaio (PSDB) (Foto: Guto Vital/Agência Miséria)
O ex-prefeito de Barbalha, Argemiro Sampaio, reconheceu nesta quarta-feira (15) que houve um problema na doação de terrenos do loteamento Antônio e Naldo de Sá Barreto. Os imóveis construídos no local foram embargados pela prefeitura, o que provocou uma manifestação com queima de pneus na última segunda-feira (13), na Avenida Leão Sampaio.
Procurado pelo Miséria, o ex-gestor afirmou que “o que importa é a posse” e que a situação poderia ter sido regularizada de outra forma. “Eu não quero saber o que é que está errado, se o trâmite é assim, se o trâmite é assado. Realmente houve um problema na hora da doação, que não deu para passar o terreno via cartório, só que isso pode passar a qualquer momento”, esclarece.
Nesta semana, o prefeito Guilherme Saraiva (PT) acusou Argemiro de ter mentido e enganado as pessoas. Ele apresentou um documento do cartório Oliveira e Oliveira, que, segundo afirmou, confirma que a área não possui registro de loteamento. De acordo com o prefeito, as demolições ocorreram apenas em construções irregulares, ainda em fase inicial e sem moradores.
Em resposta, Argemiro alegou que, durante sua gestão, imprevistos dificultaram a formalização da posse das famílias, como a pandemia de Covid-19 e o período eleitoral, quando não é permitida a doação de terrenos.
“Eu tive um ano de 2020 todo de pandemia. Tive eleições, quando não podia passar em ano eleitoral. Eu perdi a eleição. Em 2021, veio outra administração, e agora quem está discutindo é quem não passou o terreno ainda”, justifica o ex-prefeito.
“Isso aí é uma coisa que pode ser passada agora. Entra com adjudicação compulsória, coloca o terreno no nome da prefeitura, regulariza, dá mais três anos para o pessoal construir, já que o prefeito atual embargou”, sugeriu Sampaio.

