Esplanada dos Ministérios. Foto: Ana Volpe/Agência Senado
O Governo Federal formalizou proposta salarial para os servidores públicos no exercício 2024, e frustrando algumas expectativas não previu nenhum reajuste nos vencimentos diretos dos funcionários da administração federal. Segundo divulgado pelo Ministério de Gestão e Inovação nos Serviços Públicos (MGI), o texto da proposta governamental foi encaminhado a dez centrais sindicais e vinte entidades nacionais que juntas representam cerca 1,2 milhão de servidores. Esse grupo faz parte da mesa permanente de negociação do governo.
No texto enviado pelo MGI está prevista apenas a correção do valor dos benefícios. O auxílio-alimentação seria corrigido em 51,9%, fazendo com que o valor pago passe dos atuais R$658 para R$1 mil. O governo também apontou um acréscimo do montante ligado ao auxílio-creche, saindo de R$321 para R$484,90. Há, ainda, a previsão de ampliação do valor do auxílio saúde, hoje em R$144,38. Todavia, sobre o valor deste último benefício ainda não existe definição.
Indica-se que os benefícios seriam pagos a partir de maio de 2024, sem ampliação de reajuste do valor base dos salários. Na mesa de negociações o governo vem propondo dar novo reajuste em maio de 2025, que seria de 4,5%, mesmo percentual que seria acrescido em maio de 2026. Lembra-se que neste ano, em maio, os servidores federais receberam um aumento de 9%.
Pontua-se que as entidades de representação não veem com bons olhos a proposta de correção apenas dos benefícios. “O governo assumiu o compromisso de recuperar o poder de compra dos servidores, especialmente dos aposentados”, disse Ronaldo da Silva, secretário executivo da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef).

