O deputado federal José Guimarães (PT) comentou, nesta sexta-feira (21), a indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o Supremo Tribunal Federal (STF). O escolhido, Jorge Messias, recebeu resistência inicial no Senado — especialmente do presidente da Casa —, mas, segundo Guimarães, o cenário deve se acomodar nas próximas semanas.

O parlamentar afirmou que há um “problema político” momentâneo na relação entre o governo e o Senado, algo comum nos processos de articulação institucional. Apesar do ruído, ele ressaltou que o perfil técnico de Messias é amplamente reconhecido no meio jurídico, lembrando elogios de nomes como o ministro Luís Roberto Barroso, ex-presidente do STF, e André Mendonça, indicado pelo governo anterior.

Eleições 2026

Durante entrevista ao Portal Miséria/M1, Guimarães também comentou a percepção de que sua atuação intensa no Ceará, especialmente no Cariri, poderia fortalecer seu nome para uma eventual disputa ao Senado em 2026. “Do jeito que está, nós vamos chegar em 2026 com o nome nas nuvens”, disse.

Ele negou trabalhar com esse foco e disse que sua prioridade permanece sendo a atuação cotidiana. “O pessoal em Brasília brinca dizendo que eu deveria colocar uma plaquinha na testa: ‘trabalha’, porque eu trabalho muito pelo Ceará e pelo Cariri”, afirmou.

Questionado se a agenda intensa teria objetivo eleitoral, Guimarães foi enfático: “Eu não estou aqui por conta da eleição. Tenho vida pública no Cariri, talvez seja um dos deputados que mais circula por aqui. Gosto da região; ela me adotou e eu a adotei como prioridade na política do Ceará.”

Ele também destacou o peso estratégico do Cariri no cenário estadual. “O Cariri é uma potência política, socioeconômica e cultural. Todo mundo sabe que o Camilo não teria sido governador sem o Cariri”, completou.