A pouco menos de dois meses de passar o bastão para Elmano de Freitas (PT), a governadora Izolda Cela (sem partido) segue no páreo para ocupar a chefia do Ministério da Educação (MEC) no próximo governo. O endosso ao nome dela reúne aliados de Lula (PT) e até de personagens antogônicos ao presidente eleito. É o caso do co-fundador do partido Novo, João Amoedo, que recentemente defendeu o nome de Cela para o MEC.

“Gostaria de ver na Educação, outra área fundamental, quadros competentes como Cláudia Costin, Priscila Cruz e Izolda Cela”, tuitou o empresário e ex-candidato à Presidência da República, na terça-feira (8). A publicação engajou a presidente-executiva do Todos Pela Educação, Priscila Cruz. Ela respondeu que Izolda “tem muita chance de ser a primeira ministra mulher desde a redemocratização”.

No Ceará, a indicação de Cela para o MEC é defendida pelo deputado federal eleito Eunício Oliveira (MDB). “Acho que pode acontecer. O Haddad seria um nome, mas ele gosta muito dela e não está querendo ser. Então, a Izolda é objetivo”, disse o emedebista.

Além da governadora cearense, outros nomes como o do ex-ministro Fernando Haddad (PT) e do ex-ministro Henrique Paim também são ventilados para ocupar o MEC. Paim, inclusive, foi indicado pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) para coordenar o núcleo de Educação durante a transição de governo. O ex-deputado federal de São Paulo, Gabriel Chalita, e a senadora Simone Tebet (MDB) já foram citados também.

Em viagem ao Egito desde a última segunda-feira (7), onde participa da Conferência das Nações Unidas sobre mudanças Climáticas (COP 27), Izolda deve se encontrar com Lula, que também participa da conferência. Em outubro passado, durante o processo eleitoral, a governadora publicou vídeo no qual Lula atribui a ela os avanços na educação no Ceará. “Já ouviu a revolução da educação no Ceará? Foi essa moça que fez. Se prepare que vai ter muito trabalho para nós”, disse o então candidato do PT.