O ex-deputado Cabo Sabino foi condenado a nove anos e quatro meses de reclusão por liderar o motim de policiais militares em 2020, em Fortaleza. O julgamento ocorreu na última terça-feira (7), no Fórum Clóvis Beviláqua, na capital. As penas devem ser cumpridas, inicialmente, em regime fechado.

No julgamento, o Conselho Permanente de Justiça Militar (CPJM) reconheceu o acusado como líder do movimento, pois fez divulgações com potencial de alcançar boa parte da tropa, aproveitando-se de sua condição de ex-deputado, tanto estadual como federal, e presidente de associação.

Conforme a acusação do Ministério Público, Sabino liderou, na condição de mentor, a revolta de agentes públicos militares ocorrida entre 18 de fevereiro a 1º de março de 2020. Ao réu foram imputados os crimes de motim, aliciação para motim e revolta, além de incitamento.

Sabino ainda foi condenado a pagar as custas processuais. Havendo recurso apelatório, ele poderá permanecer em liberdade, não sendo reconhecida a necessidade de decretação da preventiva.