Mesmo cedidos, os servidores continuam recebendo os salários integrais de seus cargos de origem na prefeitura | Foto: Sisemjun
O prefeito de Juazeiro do Norte, Glêdson Bezerra (Podemos), sancionou na última quinta-feira (18) a lei complementar nº 146/2025, que reduz de nove para três o limite de servidores municipais cedidos ao sindicato que representa a categoria. Aprovada pela Câmara neste segundo semestre, a lei estabelece a cessão de apenas um servidor com jornada de trabalho de 40 horas semanais e dois com de 20 horas semanais.
Atualmente, nove servidores estão cedidos à entidade, que mantém uma estrutura formada por presidente, vice-presidente, diretor de comunicação, secretário geral, tesoureiro geral, tesoureiro adjunto, diretor de formação política, diretor de atividades culturais e secretário adjunto. Mesmo cedidos, os servidores continuam recebendo os salários integrais de seus cargos de origem na prefeitura.
Autor da matéria, o vereador Boaz do Bolsonaro (PL) destacou que os vencimentos variam de R$ 1.927 a R$ 8.713, e o repasse anual é R$ 776,3 mil. “Temos hoje um sindicato caro, ineficiente, improdutivo. São pagos com o nosso dinheiro para instigarem as categorias a não trabalharem”, afirmou o vereador ao defender a aprovação do projeto.
Neste mês, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Juazeiro do Norte (Sinsemjun) publicou nota criticando os vereadores que aprovaram a mudança. Segundo a entidade, a medida, aprovada por nove votos a oito, foi “orquestrada pela extrema-direita da Câmara”.
“A extrema-direita acredita que a redução de licenças remuneradas para mandato no Sisemjun irá frear as lutas, paralisações e greves diante do descanso do governo com setor público e com o povo juazeirense”, diz o documento.
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