Foto: Gustavo Moreno
Nesta tarde (1) Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retornou ao Palácio do Planalto como presidente da República. Os ritos protocolares tiveram início às 14h25, quando o presidente, seu vice, Geraldo Alckmin (PSB) – e as esposas de ambos – desfilaram em carro aberto até a sede do Congresso Nacional, onde foram recepcionado por Rodrigo Pacheco (PSD), presidente do Senado e do Congresso, e Arthur Lira (PP), presidente da Câmara Federal .
A posse de Lula foi acompanhada por milhares de apoiadores ao longo da Esplanada dos Ministérios. Por segurança, apenas 40 mil pessoas foram autorizadas a acessar as áreas mais próximas da Praça dos Três Poderes. Contudo, a expectativa é que cerca de 300 mil pessoas estejam em Brasília para acompanhar a posse do novo governante, um dos maiores contingentes da história.
Ao longo da sessão solene, acompanhada presencialmente no Plenário Ulysses Guimarães por centenas de políticos, os eleitos prestaram o compromisso constitucional. Após o compromisso, Lula e Alckmin foram oficialmente empossados como chefes do executivo nacional até 4 de janeiro de 2027.

Público que acompanha posse de Lula (PT), em Brasília. (Foto: Reprodução)
Em seu discurso, o agora presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que a sua vitória tratava-se de um triunfo do campo democrático. Ponderou que durante a campanha o Estado foi aparelhado para fins eleitorais, e que nunca se viu um volume de fake news tão vasto. Reforçou, ainda, a tecnologia e confiança do sistema eleitoral brasileiro.
Seguiu indicando que o combate à fome será uma bandeira prioritária em sua gestão. Acrescentou, em seguida, que assumirá um governo destruído, em estado mais alarmante do o que era esperado. Indicou que o relatório produzido pelo Gabinete de Transição será encaminhado para todos os deputados, senadores, governadores, universidades, entidades de classe e entre outros, a fim de que, segundo o presidente, todos tenham consciência da situação em que o país se encontra.
O político continuou, e foi enfático ao dizer que não há ânimo de revanche, mas, frisou que possíveis crimes serão averiguados e, caso se verifique culpa, os responsáveis devem ser punidos. Lula usou o primeiro pronunciamento, também, para apontar que ainda hoje assinará decretos de reorganização do Estado para, em suas palavras: “resgatar o papel das instituições.”
Nessa linha, comprometeu-se com a responsabilidade fiscal, e disse que agirá para a uma transição firme para um Brasil mais sustentável, ecológico e capaz de zerar o desmatamento da Amazônia. Lula ressaltou, ainda, que irá revogar os decretos de facilitação do acesso à armas de fogo editados durante o governo Jair Bolsonaro (PL).
O presidente encerrou a fala de aproximadamente meia hora evocado união, conciliação e esperança e defendendo a democracia. Entoou, por fim, uma densa defesa do campo político, apontando esse espaço como o local adequado para a discussão e transformação do campo social.

