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Moro desdenha de Ciro em passagem pelo Cariri; ambos brigam para ser a terceira via
A pré-candidatura de Sérgio Moro tem sido a maior dor de cabeça de Ciro Gomes
Alan Clyverton
Fotos: Wilson Dias e José Cruz/Agência Brasil

O ex-juiz e pré-candidato a presidente da república Sérgio Moro (Podemos) chegou ao Cariri cearense no último domingo (6). Na região, se encontrou com aliados e aproveitou para investir no seu marketing em uma região dominada pela influência do PT e da família e grupo político Ferreira Gomes.

No mesmo dia em que chegou, concedeu coletiva de imprensa no hotel onde se hospedou, em Barbalha. Lá, indagado sobre as críticas de Ciro Gomes contra ele, Sérgio Moro minimizou a necessidade de entrar em combate com o FG. Ele lembrou que já ultrapassou nas pesquisas nomes mais tradicionais da política.

“Eu acho que os reais adversários são Lula e Bolsonaro. Nós queremos aqui, com esse projeto (político), romper essa polarização, porque o Brasil não é isso. Essa polarização tem feito as pessoas se dividirem entre amigo e inimigo”, falou Moro.

Tanto Moro, quanto Ciro Gomes, brigam para protagonizar a ‘terceira via’. Ambos, além de brigar entre si, disparam constantes ataques contra Lula e Bolsonaro. Moro e Ciro compartilham a característica de ex-ministros rompidos e decepcionados.

A pré-candidatura de Sérgio Moro tem sido a maior dor de cabeça de Ciro. Pesquisa da Genial Investimentos e Quaest Consultoria, divulgada nesta quarta-feira (9), mostra que Lula continua a liderar a corrida presidencial, oscilando entre 45% e 47% das intenções, seguido por Bolsonaro, que oscila entre 23% e 26%. Os ex-ministros chegam a empatar em um dos cenários, com 7% cada. Nos outros, o FG é ultrapassado pelo paranaense.

Lula e Bolsonaro continuam a protagonizar a pré-campanha eleitoral, tornando-se, por obviedade matemática, os principais alvos dos ex-pupilos. Ciro Gomes e Sérgio Moro brigam para garantir uma vaga no segundo turno, caso venha a ter, para polarizar e atrair votos de negação ao opositor em questão.

Ciro Gomes vai pelo marketing do homem rebelde, preparado e com histórico. Já Sérgio Moro, na narrativa de combate à corrupção, defesa da operação Lava Jato e alternativa conciliadora. Os dois precisarão se esforçar mais para subir além da casa de um dígito nas pesquisas. Só há duas cadeiras na mesa do segundo turno.

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